Falta de combustível devido à greve afeta circulação dos ônibus no Rio

No terceiro dia de protestos dos caminhoneiros contra a alta dos combustíveis, só 60% dos ônibus intermunicipais e municipais de todo o estado do Rio estão operando. Cerca de 40% não saíram das garagens por falta de óleo diesel. De acordo com a Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas do setor no Rio, na capital a redução dos coletivos é de 20%.

Para o horário de rush desta quarta-feira (23/5) a previsão é que não haja mais reduções, já que os carros em circulação foram abastecidos pela manhã. As informações são do jornal O Globo.

Segundo o gerente de Planejamento e Controle de Operações da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) Guilherme Wilson, caso a greve continue, há a possibilidade de retirada total da frota das ruas na sexta-feira. Wilson disse ainda ao jornal, que, se não houver abastecimento de hoje para amanhã, estima que cerca de 70% da frota ficarão impossibilitadas de circular.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio monitora os impactos causados pela paralisação e pediu que os cidadãos se mantivessem informados por meio de suas redes.

A Prefeitura recomenda que os deslocamentos sejam feitos prioritariamente por transporte público de massa (metrô, trem e VLT). A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) disse que entrou em contato com as concessionárias solicitando reforço devido à possibilidade do aumento da demanda de usuários.

A Fetranspor alertou nesta terça-feira (22/5) que algumas linhas de ônibus poderiam deixar de operar. “O bloqueio montado em rodovias e terminais de distribuição de combustíveis impede a renovação dos estoques das empresas, que na maioria dos casos acontece diariamente”, diz o trecho da nota da Federação.

Segundo o Rio Ônibus, as linhas da Zona Oeste são as que enfrentam maior dificuldade, já que as empresas dessa região têm uma disponibilidade menor de combustível.

Em nota, a SMTR informou que recebeu ofício dos consórcios de ônibus, comunicando que o diesel não está chegando às garagens devido à paralisação. Os consórcios solicitaram apoio da Prefeitura para reforço no contato com os órgãos de segurança pública para a escolta de carretas de combustível às garagens, além de autorização excepcional do contingenciamento da frota nas ruas, o que irá afetar a circulação dos ônibus na cidade até que a situação seja normalizada. O sistema que serve à capital fluminense consome, em média, 764 mil litros de combustível por dia.

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