Com escassez de óleo diesel, só 67% da frota de ônibus estão circulando no Rio

No quarto dia de greve nacional dos caminhoneiros, que provocou a interrupção do abastecimento de óleo diesel, apenas 67% dos coletivos operam no Rio de Janeiro. O Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas, informou na manhã desta quinta-feira (24/5), que há o risco iminente de falta total de combustível.

Já o BRT roda com 50% dos articulados. Com a frota reduzida pela metade e com a interdição dos trechos – da Avenida Cesário de Melo entre Madureira e o Fundão – os passageiros aguardam até duas horas para embarcar em ônibus superlotados. Vans que fazem o trajeto entre o Magarça e Campo Grande estão oferecendo transporte até o Recreio por R$ 10. Carros particulares cobram pelo mesmo serviço até R$ 15.

Segundo o gerente de Planejamento e Controle de Operações da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) Guilherme Wilson, caso a greve dos caminhoneiros continue, há a possibilidade de retirada total da frota das ruas na segunda-feira (28/5).

Bloqueio de caminhões-tanque

A situação se agravou, na manhã desta quinta-feira, porque manifestantes pararam caminhões ao longo de 2 km na BR-040, na altura da Reduc, em Duque de Caxias, para impedir a saída de caminhões-tanque da refinaria.

O Rio Ônibus destacou que as empresas estão empenhando todos os esforços para que a população não seja prejudicada, chegando até a abastecer os coletivos em postos de gasolina comuns, em muitos casos, mesmo com o preço do óleo diesel superior ao habitual. Segundo a Fetranspor, o consumo de óleo diesel chega a 2 milhões de litros por dia em todo o Estado.

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ) informou que cerca de 90% dos postos no Estado do Rio de Janeiro já estão sem combustíveis. Segundo o presidente do Sindestado, Ronald Barroso do Couto, os postos costumam encher seus tanques a cada três dias. Ele prevê que a partir do meio do dia de hoje o desabastecimento deverá ser geral em todo o Rio. O ponto mais crítico é a zona sul, onde os postos só podem ser reabastecidos à noite e devem ser os primeiros a ficar com as bombas totalmente vazias.

Foto: Fernando Frazão/ Fotos Públicas

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