Protestos de caminhoneiros nas estradas continuam em 22 estados e no DF

No nono dia de greve dos caminhoneiros, os protestos continuam em 22 estados e no Distrito Federal. No Rio, os motoristas de caminhão desbloquearam a entrada da Reduc, na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias. Com o acesso livre, 190 caminhões-tanque saíram cheios da refinaria.  Entretanto muitos caminhões continuam parados às margens da Rodovia Presidente Dutra, na altura de Seropédica, um dos pontos de maior concentração do movimento.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse, em entrevista no Palácio do Planalto após reunião do gabinete de crise que analisa efeitos da greve no abastecimento do país, nesta terça-feira, que os protestos restantes nas rodovias são de “cunho político”. Oito pessoas foram presas em protestos, no Maranhão. Os detidos impediam os caminhoneiros de retornar ao trabalho. O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, que também estava na coletiva, disse que “existe infiltração indevida neste momento, porque pessoas estavam impedindo os caminhoneiros de dirigir os seus caminhões”.

Ministro da Fazenda descarta aumento de impostos

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia disse nesta terça-feira (29/5) que não vai elevar tributos para compensar a redução da Cide e do PIS-Cofins sobre o preço do litro do óleo diesel. Guardia afirmou que a compensação virá da redução de incentivos fiscais, como a desoneração concedida a alguns setores, mas não indicou quais os setores que perderão o benefício.

A diminuição foi de R$ 0,46 no valor, sendo que R$ 0,16 desse desconto virá do corte da Cide e redução do PIS-Cofins. Os outros R$ 0,30 serão subsidiados pelo governo, e pagos à Petrobras como compensação por manter os preços congelados por 60 dias. Segundo o governo, a Petrobras receberá R$ 9,5 bilhões em subsídios.

Nesta terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Congresso não iria aprovar aumento de tributos para compensar a redução no preço do diesel e chamou de “irresponsável” a declaração anterior do ministro da Fazenda.

Foto: Tomaz Silva/ Fotos Públicas

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