Crivella e sindicatos fecham acordo para encerrar paralisação de rodoviários

Depois de quatro horas de reunião, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella anunciou que houve um consenso entre o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb Rio), Sebastião José, e o presidente do Rio Ônibus, sindicato das empresas do setor, Cláudio Callak, para pôr fim à greve.

Segundo Crivella, a proposta, que será levada para a aprovação em assembleia do Sintraturb é de reajuste da inflação do ano passado e deste ano, além do aumento da cesta básica. O prefeito informou que Sebastião José respondeu positivamente ao acordo.

Crivella disse que haverá ainda hoje outra reunião para dar andamento às negociações. “Com esses dois reajustes acredito que o principal das reivindicações fica atendido. Espero que eles pensem da mesma maneira”, declarou o prefeito.

Paralisação dos rodoviários

Os rodoviários iniciaram uma paralisação na madrugada desta segunda-feira. Segundo o Sintraturb, cinco empresas paralisaram totalmente as atividades: Ideal, Paranapuan, Real, Redentor e Três Amigos. Nelas trabalham 4,5 mil rodoviários, que atendem bairros das zonas Norte, Sul e Oeste do Rio. Na Ilha do Governador, onde circulam 11 linhas da Paranapuan (328, 323, 322, 327, 634, 910, 901, 912, 922, 635 e o frescão 2342), praticamente não há ônibus nas ruas.

Os serviços do BRT Rio estão operando com intervalos irregulares.  A concessionária informou que nove articulados foram vandalizados durante a greve.  Na Avenida Brasil, um grupo de rodoviários bloqueou parcialmente a pista lateral, sentido Centro. Ônibus foram apedrejados e retrovisores arrancados. Os passageiros foram obrigados a descer dos coletivos.

O Centro de Operações Rio (COR) registrou nesta manhã 80 km de congestionamento devido às interdições. A média para este horário das últimas três semanas foi de 58 km.

Reivindicações da categoria

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb Rio), os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 10%, retorno da data base para 1º de março, vale-alimentação de R$ 409,50, vale-refeição de R$ 480, fim da dupla função e suspensão das multas.

A categoria está há dois anos sem receber reajustes, e algumas empresas não estão pagando os salários em dia. O Rio Ônibus ofereceu 4% de aumento. A proposta patronal foi rejeitada.

Foto: Fotos Públicas

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