Alerj poderá abrir CPI para investigar repasses ao Bilhete Único

O deputado estadual Felipe Poubel (PSL) começou a recolher assinaturas, antes mesmo da posse dos parlamentares, para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue o repasse de dinheiro das gratuidades do Bilhete Único à Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor). Poubel precisará do apoio de 24 colegas para a abertura da CPI. A informação foi publicada pelo colunista Cássio Bruno, no Informe O Dia, no último domingo (30/12).

Apesar de a bancada do PSL, partido do presidente Bolsonaro, prometer oposição ferrenha às agendas defendidas pelo PT e o PSOL, Poubel talvez possa contar com o apoio dos parlamentares psolistas para aprovar a abertura da CPI do Bilhete Único.

O deputado Eliomar Coelho (PSOL), que presidiu a CPI dos Transportes, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) a disse que “a proposta é correta e vai ao encontro de uma das questões tratadas na CPI dos Transportes”.  O parlamentar lembra que no relatório final da Comissão há um capítulo somente para tratar da questão do Bilhete Único e dos repasses das gratuidades à Fetranspor. “Pode ser que eu assine o apoiamento para a abertura da referida CPI, mas não posso afirmar ainda que o farei, pois antes precisarei analisar os objetivos da proposta do deputado do PSL para entender se o que ele propõe é uma investigação real ou se estará apenas jogando para a plateia”, afirmou Eliomar.

CPI dos Transportes

O relatório final da CPI dos Transportes, que investigou irregularidades no setor, foi aprovado em agosto do ano passado. O documento reforçou o pedido feito pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) de dissolução da Fetranspor e o indiciamento de gestores e colaboradores dos governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão. O relatório determinou também o controle por parte do Executivo do sistema de bilhetagem eletrônica, além de uma restruturação dos órgãos responsáveis pela política de transportes.

Além do deputado Eliomar Coelho (PSOL), autor da proposta de investigação, os titulares da CPI Gustavo Tutuca (MDB) e Martha Rocha (PDT) e os suplentes Dr. Deodalto (DEM), e Rosenverg Reis (MDB), Flávio Serafini (PSOL) e Zeidan (PT) foram reeleitos para o próximo mandato.

Já o vice-presidente Gilberto Palmares (PT), o relator Geraldo Pudim (MDB), os outros titulares da Comissão, Milton Rangel (DEM) e Nivaldo Mulim (PR), além dos outros suplentes, Zito (PP) e André Lazaroni (MDB), não conseguiram se reeleger. Flávio Bolsonaro (PSL), que era suplente, foi eleito senador.

A partir de fevereiro, a Alerj terá a representação de 28 partidos. O PSL é o que tem mais assentos, com 13; o DEM, com seis; PSOL e MDB estão empatados, com cinco; PDT, PRB, PSD, PT e Solidariedade com três; Novo, Democracia Cristã, PHS, PP, PSC, PSDB e DC com duas vagas. Outros partidos – PTC, PRTB, Patriota, PRP, PR, PTB, PCdoB, PODE, PPS, Avante, PSB –, uma vaga cada um.

Foto: Alerj/Divulgação

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