Passageiros reclamam dos constantes assaltos a ônibus na Via Dutra

Os roubos frequentes a coletivos na Rodovia Presidente Dutra assustam quem precisa passar pelas via expressa diariamente. Segundo as estatísticas mais recentes do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio (ISP), no mês de março foram registrados 332 assaltos a ônibus na Baixada Fluminense. No ano passado no mesmo mês, ocorreram 416 roubos a coletivos. De janeiro a março desde ano, foram relatados 1.041 crimes desse tipo na região. No mesmo período no ano passado foram 1.080.

O gerente de recursos humanos Cristiano da Costa Cavalcante, de 39 anos, foi uma das vítimas desse tipo de crime, no dia 6 de abril, na pista marginal da via, sentido São Paulo, na altura da churrascaria Oasis, em São João de Meriti. Ele estava no ônibus da linha 492B, que faz o trajeto Central do Brasil-Vila de Cava (Nova Iguaçu), voltando do trabalho, por volta das 19h45, quando dois homens armados de pistolas anunciaram o assalto. Segundo Cristiano, eles gritaram: “Passa tudo! Eu quero documento, celular, aliança, dinheiro, cartão”. Os criminosos ainda ameaçaram: “Não joga o celular no chão, não, se eu ‘ver’, vai levar na cara. Desculpa aí, pessoal, esse é o nosso trabalho, é a vida que ‘nós’ escolheu”.

Depois de recolherem os pertences dos passageiros, os bandidos desembarcaram na Rua D, no bairro da Posse, em Nova Iguaçu. Ninguém ficou ferido. Apesar de o ônibus estar cheio, apenas quatro passageiros registraram a ocorrência na 64ª DP (São João de Meriti). “O motorista não foi para a delegacia. O ônibus tinha câmera de segurança, mas não sabemos se as imagens foram captadas e serão colocadas pela empresa à disposição da polícia”, comenta Cristiano.

Recomendações de segurança

Para reduzir esse tipo de crime, o coronel da Polícia Militar, Marco Alexandre de Almeida, orienta que passageiros e motoristas registrem a ocorrência nas delegacias. “A medida é fundamental para que sejam identificados os locais, as linhas e os horários de maior incidência dos assaltos, dando subsídio para a atuação dos órgãos de segurança”, explica. O coronel destaca ainda que as imagens das câmeras instaladas nos coletivos são peças importantes na investigação. “Podemos identificar com mais rapidez os criminosos”, comenta. De acordo com Marco Alexandre, de posse dessas informações, o próximo passo é, usando o serviço de estatística detectar as manchas criminais, para intensificar as operações contra essa modalidade de delito, interceptando os coletivos alvos dos assaltantes.

Foto: Agência Brasil

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