Procurador do estado é preso pela Operação Lava-Jato

O procurador do estado Renan Miguel Saad foi preso nesta segunda-feira (01/07), em um dos desdobramentos da Operação Lava-Jato no Rio. A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do procurador e no escritório de advocacia dele. Saad é suspeito de receber R$ 1, 265 milhão da Odebrecht relacionados à obra da Linha 4 do metrô. Na época dos fatos dos quais é acusado, o procurador era lotado como assessor jurídico chefe da Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), no governo de Sérgio Cabral. 

O advogado Paulo Freitas Ribeiro, que defende Renan Saad, disse que o seu cliente “está muito abalado e nega com veemência os fatos”. Ele vai impetrar um habeas corpus para liberar o procurador preso.

Para Ministério Público Federal (MPF), há provas contra Saad de ter avalizado a mudança do traçado original do metrô e o pagamento pela aquisição do Tatuzão (Tunnel Boring Machine), equipamento importado da Alemanha, para escavação dos túneis. Com essas alterações, o projeto orçado em 1998, em R$ 880 milhões, passou custar R$ 3 bilhões, e quando foi inaugurado teve seu custo reajustado para R$ 9 bilhões.

O MPF informou que localizou em uma empresa de manutenção de depósito de documentos, contratada pela transportadora Transexpert, registro de pagamento realizado no endereço do escritório de advocacia de Renan Saad.

Atualmente, o trajeto da Linha 4 sai de Ipanema, passando pelo Leblon e por São Conrado, até chegar à Barra da Tijuca. Os trabalhos terminaram em 2016.

Foto: divulgação

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