Polícia faz operação contra fraude com cartões da Supervia

A Polícia Civil prendeu quatro pessoas, nesta quarta-feira (04/11), durante a Operação Houdini, contra fraudes em cartões da Supervia. O golpe dava R$ 15 milhões de prejuízo por ano à empresa.

Segundo o delegado titular da 20ª DP (Vila Isabel) Cristiano Maia, as investigações continuam, a fim de identificar outros autores. Há suspeita de que milicianos sejam o braço armado dos golpistas.

Segundo a polícia, três dos presos estavam na Estação de Nova Iguaçu com centenas de cartões fraudados. O quarto foi pego em São Gonçalo. Agentes saíram para cumprir 17 mandados de busca e apreensão.

Como funcionava o golpe

De acordo com a investigação, que contou com agentes infiltrados, a quadrilha é chefiada por Márcio Castro Aragão, o Paulista, e por Emerson Alexandre de Oliveira Correa, o Mágico.

Mágico, especialista em tecnologia, é apontado pela polícia como responsável por quebrar a matriz de segurança dos cartões da Supervia, recarregá-los e repassá-los clonados para a revenda nas estações.

Nas estações ficavam os chamados “cavalos”, que compravam bilhetes unitários e repassavam para os “gerentes”, responsáveis por levar os passes aos laboratórios.

A 20ª DP também descobriu que a quadrilha tinha olheiros nas estações para alertar sobre a presença de agentes das forças de segurança ou mesmo seguranças da Supervia.

“O Mágico conseguia inserir 10 passagens em um bilhete unitário”, explicou o delegado Cristiano Maia.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato e contrabando, cujas penas, somadas, podem chegar a 18 anos de reclusão.

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