Comissão da Alerj quer retirar áreas de risco de aplicativos

Em menos de um mês ocorre novo registro de pessoas baleadas após seguirem a orientação de rota de um aplicativo. Desta vez, um casal foi atingido por tiros na sexta-feira (20/11) ao entrar por engano no Jardim Catarina, em São Gonçalo.

O casal viajava pela BR-101 quando o aplicativo Waze indicou cortar caminho por dentro da favela para chegar na Rodovia Amaral Peixoto, quando entraram na comunidade foram baleados.

Toda essa violência ocorre após o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, deputado Dionísio Lins (Progressista), oficiar os representantes das plataformas de aplicativos localizadas no Rio de Janeiro, pedindo a retirada de todos os endereços considerados áreas de risco das plataformas de GPS, mapas e aplicativos de trânsito. O ofício solicita ainda que as empresas façam a atualização dos endereços de suas plataformas trimestralmente, consultando ou realizando convênio com o banco de dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e com Batalhões da Polícia Militar.

No mês passado outro motorista, seguindo a rota mostrada também pelo aplicativo Waze, entrou na comunidade de Cordovil. Após perceber o engano ele ainda tentou dar meia volta, mas os bandidos dispararam tiros de fuzil e pistola contra o carro.

“A retirada desses endereços visa somente resguardar a segurança das pessoas que utilizam o serviço. Não basta apenas esses aplicativos indicarem ou sinalizarem esses locais no mapa, é preciso uma medida mais radical para evitar novas vítimas que por desconhecimento do local, acabam entrando nessas comunidades que são dominadas na maioria das vezes por traficantes de droga. Se para quem já é morador da cidade por vezes acaba entrando por engano nesses locais, para as pessoas de fora a situação pode ser ainda mais complicada”, justifica o parlamentar.

Dionísio garantiu ainda que aguardará até o fim desta semana uma posição dos representantes dessas plataformas e aplicativos sobre a retirada das rotas próximas às áreas de risco, caso contrário, irá ingressar com uma representação na Justiça para garantir a segurança dos usuários dessas plataformas e impedir que atentados como os ocorridos no domingo e no mês passado, ocorram no estado.

Foto: Divulgação

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