Medidas contra o coronavírus preveem uso de 100% da frota

Nova norma de enfrentamento e prevenção ao contágio do coronavírus no sistema de transporte público, publicada no Diário Oficial do Município, prevê a circulação de 100% da frota nas linhas mais lotadas nos horários de rush. A medida para evitar aglomeração será tomada quando o risco de contágio atingir o nível de alerta 3, o mais grave. A determinação será baseada no resultado do boletim epidemiológico que a prefeitura divulga semanalmente, às sextas-feiras.

No nível de alerta 1, deverá implementar ações de sensibilização dos passageiros nas estações; no nível de alerta 2, no qual a cidade se encontra atualmente, acrescenta o apoio com equipes para aumentar as áreas de pedestres nas vias com maior circulação.

No nível de alerta 3, o mais crítico, prevê a definição de um quadro de horários das linhas de maior ocupação nos horários de pico da manhã e tarde, além da exigência de cumprimento de 100% da frota determinada das linhas identificadas como mais críticas em termos de lotação, com monitoramento e fiscalização por GPS. Para as demais linhas será permitida operação com redução de até 40% da frota determinada, permitindo assim a alocação de frota nas linhas de mais críticas. Também está prevista a limpeza e desinfecção de terminais, estações e pontos de ônibus.

UFRJ recomenda reduzir aglomeração no transporte público

O Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 da UFRJ emitiu nota em que pontua ser preciso diminuir aglomerações e fazer adequações dos transportes públicos por conta do crescimento de casos do novo coronavírus.

O grupo interdisciplinar de pesquisadores, coordenado pelo professor Roberto Medronho, propõe seis ações imediatas para atenuar os riscos de propagação da doença, considerando a oferta de transporte público e as aglomerações. Entre as medidas está a “avaliação da decretação de restrição intensiva de mobilidade, caso o cenário epidemiológico da doença se mantenha ou se agrave”.

Confira as medidas propostas:

Escalonar os horários de expediente, distribuindo melhor o fluxo de pessoas nos horários disponíveis nos diferentes modais de transporte sem ter que aumentar muito a frota de veículos. Para isso, é necessário definir com o setor produtivo a melhor organização dos horários;

Garantir que ocorra a renovação de ar nos diferentes veículos utilizados para o transporte público, por exemplo, por meio da troca de janelas por persianas fixas, permitindo melhor circulação do ar; 

Implantar linhas de curta distância com veículos menores e apropriados, que ofereçam mobilidade e disponibilidade próxima à residência das pessoas, provocando a consequente diminuição de exposição. Isso poderá implicar na melhoria da infraestrutura do transporte, que partiria da mudança para uma nova matriz de origem x destino;

Suspender a realização de eventos, sejam sociais, esportivos ou culturais, que provoquem aglomerações;

Fiscalizar rigorosamente os locais e estabelecimentos que provoquem aglomerações;

Avaliar a decretação de restrição intensiva de mobilidade, caso o cenário epidemiológico da doença se mantenha ou se agrave.

Foto: Agência Brasil

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