BRT para de funcionar e passageiros enfrentam filas e aglomerações

Passageiros do BRT enfrentam transtornos nesta segunda-feira (1º/2) com a interrupção dos serviços nos três corredores do sistema (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) devido à paralisação das atividades de alguns motoristas.  Às 17h, Eduardo Paes se reúne com representantes do Consórcio e do sindicato dos motoristas para tentar chegar a uma solução.

Para o fim da greve, os rodoviários reivindicam a garantia do pagamento da segunda parcela do salário até o quinto dia útil de fevereiro e a não redução dos salários e consequente jornada de trabalho.

O prefeito Eduardo Paes disse que a Prefeitura soube no fim de semana da possibilidade da movimentação, mas que o Consórcio do BRT garantiu que o sistema funcionaria normalmente porque havia um acordo com o sindicato.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, afirma ainda que já havia informado à direção do BRT sobre a possibilidade de paralisação. A situação piorou quando o Consórcio BRT disse que não haveria condições de realizar o pagamento da categoria. “Nossa maior preocupação é com os profissionais da categoria e com os usuários que poderão sofrer diretamente com isso. Que fique claro que não podemos ser responsabilizados por essa bagunça entre a prefeitura e o BRT, somente eles podem dar uma resposta para a sociedade e não a categoria”, explicou.

Usuários aglomerados

Com o BRT parado, os ônibus saem lotados dos pontos, provocando aglomeração. As pessoas buscam outras opções para se locomover, como vans, mototáxis e frescões, que cobram mais caro. Quem podia recorreu ao transporte por aplicativo. A diarista Joseane Pereira moradora em Nilópolis disse que não tem dinheiro para prosseguir viagem até o trabalho na Barra da Tijuca. “Cheguei em Madureira e não tem condução. Vou perder o dia”, reclama.

De acordo com Agência Reguladora de Transportes Público do Estado do Rio (Agetransp) apesar da paralisação no sistema BRT, os trens e o metrô operam normalmente na manhã desta segunda-feira (1°/02).

Suspensão de pagamentos

No último sábado (30/01), o consórcio BRT publicou em seu site oficial uma nota em que afirmava não ter recursos para pagar a segunda parcela do salário de janeiro de seus colaboradores nem comprar insumos como combustível para os ônibus. Segundo o consórcio, o setor já atravessava uma crise financeira que foi agravada pela pandemia:

“Nos primeiros meses da pandemia, o BRT Rio trabalhou com queda de até 75% no número de passageiros. Hoje, 11 meses depois do início do combate à Covid-19, a queda de passageiros está na faixa de 45% em relação ao período anterior à pandemia. A perda de receita entre março de 2020 e janeiro de 2021 atingiu R$ 200 milhões”.

Foto: Reprodução redes sociais (Lívia Torres)

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