Cinco homens são presos furtando estação do BRT

Agentes de Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis) prenderam na manhã desta sexta-feira (06/11) uma quadrilha que furtava equipamentos da estação Padre João Cribbin, no corredor Transolímpica. A estação está fechada há três semanas após ter sido alvo de vandalismo.

Os cinco homens foram presos em flagrante após a equipe do BRT Rio observar o furto por meio das câmeras de monitoramento e alertar os agentes do Proeis. A quadrilha usava um caminhão e um carro de apoio para transportar as testeiras de ferro das portas automáticas furtadas da estação. Os detidos foram encaminhados para a 33ª DP (Realengo).

Desde abril, cerca de 100 estações foram alvo de vândalos e bandidos e, atualmente, o BRT Rio tem um total de 32 estações fechadas por causa de vandalismo e/ou furtos de equipamentos. As que foram fechadas em razão da pandemia não apresentam condições para reabertura porque foram depredadas.

BRT enfrenta dificuldades financeiras

Em nota, o BRT Rio afirma que atravessa a sua pior crise da história. “Com a queda de demanda de passageiros devido à pandemia, de março a outubro o BRT Rio teve perdas de receitas de R$ 155 milhões”, diz a nota. Segundo o consórcio, nos três primeiros meses da pandemia foram registrados 75% a menos de passageiros. Atualmente a queda está em 42%.

Ainda de acordo com o consórcio, desde o início da pandemia, o BRT Rio teve que demitir 700 funcionários, impactando na vida de cerca de 2 mil pessoas e no emprego indireto de outras 2.800 pessoas. “Com a falta de recursos financeiros, hoje o BRT Rio enfrenta dificuldades para comprar combustível e o mesmo ocorrerá para o pagamento do 13º. salário dos funcionários”, destaca.

As péssimas condições das pistas, principalmente no corredor Transoeste, acarretam constantes quebras dos articulados. Segundo o consórcio, 1/3 da frota está quebrada por esse motivo, afetando 15% das viagens. “O não reajuste das tarifas há 22 meses piora ainda mais a capacidade financeira do BRT Rio. Isso vem impedindo novos investimentos. Desde 2016 não é feita a compra de novos articulados”, argumenta.

Segundo o BRT, somam-se a isso a política de gratuidades sem fonte de custeio e a evasão por calotes, o que corresponde a 30% das receitas. “Infelizmente o BRT Rio não conta com o suporte da SMTR, que desde março já aplicou aproximadamente 4.200 multas sem qualquer proposta de ajuda ou solução para a realidade do setor”, finaliza.

Foto: Divulgação

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