Ônibus a hidrogênio começam a ser fabricados em 2022

Um grupo de empresas do Rio formou parceria para fabricar e vender, nos próximos meses, ônibus movidos a hidrogênio verde e à eletricidade, tecnologias não poluentes. Os protótipos foram desenvolvidos no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, Coppe-UFRJ.

A pesquisa e produção dos veículos vai de encontro ao compromisso firmado pelas nações na COP26 de acelerar a redução do uso dos combustíveis fósseis. De acordo com a CNN, a fabricação de um novo protótipo em escala pré-industrial começará no início do ano que vem. Depois dessa fase, será realizada a produção e a venda.

Segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), os transportes são responsáveis por 47% das emissões de dióxido de carbono no Brasil, sendo 23% referentes ao transporte de passageiros e 25% ao de cargas. Esses dados, contudo, excluem as emissões relacionadas a queimadas e desmatamento.

Atualmente, de acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, na cidade do Rio, a frota de ônibus a diesel é de 6.477 veículos – sem incluir o BRT. De forma aproximada, no município, as emissões de gases de efeito estufa chegam a 20 mil toneladas com a circulação desses veículos.

Apesar do cenário atual de predomínio do diesel como combustível principal dos ônibus brasileiros, os investimentos vêm crescendo no mercado do hidrogênio verde – que é produzido pela eletrólise (quebra da molécula) de água ou a partir de biomassa.

“De março deste ano para cá, dobrou o número de empresas associadas à Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), hoje são 30. Isso ainda não é muito visível para a população em geral, mas os investimentos estão em curso”, afirma Paulo Emílio de Miranda, presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2) e professor de engenharia da Coppe-UFRJ.

Na instituição, atualmente, ainda se projeta um catamarã movido a hidrogênio, com capacidade para cem pessoas, que ficará pronto em 2023. Também há trabalhos para desenvolver pilhas a combustível de óxido sólido, que fazem a conversão eletroquímica da energia contida no combustível, usualmente o hidrogênio, em eletricidade.

“Os produtos de engenharia hoje utilizados gastam muita energia. O tanque do carro com gasolina, por exemplo, numa estrada plana e reta, com velocidade e aceleração constantes usa 18 % da energia, o resto é perdido. Na cidade isso cai para 8%. Uma pilha comum tem uma eficiência de conversão da energia química do combustível em energia elétrica acima de 45%, já nas de combustível de óxido solido, a eficiência sobe para 60%, e quando se usa uma turbina isso chega a 80%”.

Com informações da CNN

Foto: Divulgação

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