Alerj pede ao MPRJ para retirar áreas de risco dos Apps de trânsito
Seguir as rotas indicadas pelos aplicativos usados nas plataformas que utilizam GPS e mapas de trânsito no Rio está se tornando cada vez mais perigoso. Desta vez, uma adolescente de 14 anos que vinha de Belo Horizonte (MG) para tirar o visto de turista no Consulado Americano, no Centro do Rio, foi baleada após seu pai seguir a rota indicada pelo GPS do aplicativo e acabou entrando por engano na comunidade da Baixa do Sapateiro, no Complexo da Maré. Diante disso e para tentar evitar que novos incidentes como esse voltem a ocorrer, o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressistas), entra nesta sexta-feira (20/09) com representação no Ministério Público estadual do Rio, solicitando que essas plataformas que utilizam GPS, mapas e aplicativos de trânsito atualizem trimestralmente ou retirem dos mapas os endereços de possíveis áreas consideradas de risco, evitando assim mais incidentes.
De acordo com o parlamentar, essa não foi a primeira e nem será a última vez que pessoas vão estar sujeitas a sofrer qualquer tipo de atentado por erro de rota no equipamento.
“A indicação dessas possíveis áreas ficaria à cargo dos órgãos de segurança pública baseado nas manchas criminais de cada região. O fato é que hoje estamos passando por um momento muito delicado na segurança pública em que facções ocupam cada vez mais territórios e ditam suas regras, onde a maioria dos moradores são pessoas de bem. A retirada desses endereços dos aplicativos e plataformas visa somente resguardar a segurança de todos que utilizam esse serviço, que na verdade vem se mostrando totalmente ineficaz e perigoso. Se para quem já é morador da cidade por vezes acaba entrando por engano nesses locais, imagina quem é de fora”, explicou.
O parlamentar lembra ainda que não basta apenas os aplicativos indicarem ou sinalizarem esses locais nos mapas; é preciso uma medida mais radical para evitar novas vítimas.
“Na representação, além de pedirmos a retirada desses endereços, vamos solicitar também que essas plataformas atualizem trimestralmente suas rotas e monitorem o surgimento de novas áreas de conflito, protegendo assim os usuários de futuros problemas. As empresas poderão realizar a atualização desses endereços, consultando ou realizando um convênio com o banco de dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e Batalhões de Polícia Militar. Creio que dessa forma reduziremos esse tipo de incidente na cidade”, disse.
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