Exposição conta a história do transporte aquaviário no Rio
A CCR Barcas inaugura, nesta quarta-feira (22/01), uma exposição que conta a história do primeiro transporte de massa do Brasil. Navegando em Memórias reúne centenas de documentos históricos dos serviços de barcas, fotos, mapas, relatórios, pinturas e outros registros encontrados no acervo da concessionária. A surpresa veio por conta da riqueza histórica do material, que traz documentos da época do Império, como contratos assinados por Dom Pedro II, Visconde do Rio Branco e Barão de Mauá.
Entre os achados também há fotos das primeiras embarcações que datam de 1906 e registros de 1865, contabilizando pessoas escravizadas. O trabalho de pesquisa durou mais de um ano. Para garantir a correta preservação da memória, os quase 10 mil itens encontrados serão doados para o Museu Nacional.
“Identificamos a existência de muitos documentos, mas não tínhamos noção da relevância. A história é algo que fica para sempre e não pode ficar guardada. Precisa ser contada e preservada da melhor forma possível para que as futuras gerações tenham acesso a essa documentação e que esse modal continue vivo por muito tempo, contando outras histórias”, disse a diretora da CCR Barcas, Luciana Parpinelli.
Até dia 10 de fevereiro, a população poderá ver de perto fotos, documentos, painéis interativos, maquetes, um timão de 1980 (da embarcação Boa Viagem) e bancos de madeira originais da embarcação Ipanema, construída em 1969. Há, ainda, uma réplica de embarcação que permite aos visitantes viverem a experiência de entrar na cabine com painel de comando, bússola e um manete em formato original que vai encantar adultos e crianças.
“No ano que o Rio completa 460 anos, isso é um presente. Durante meses de pesquisa, encontrei um acervo impressionante que precisa ser visto por todos. Fotos que, com certeza, vão surpreender quem vier visitar o resultado dessa pesquisa. Uma quantidade muito significativa que agora caminha para ser preservada nos arquivos públicos federais do Rio de Janeiro”, disse o historiador responsável pelo estudo do acervo, Rafael Mattoso.
Foto: Divulgação.