MPT dá 30 dias para Mobi-Rio rebater denúncias do sindicato

“Foram três horas e meia de reunião para pouquíssimo resultado”. Foi assim que o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, classificou a videoconferência realizada entre o sindicato da categoria e a Mobi Rio, empresa que administra o BRT. A reunião teve a finalidade de apurar as denúncias recebidas de abusos cometidos pela empresa sobre excesso de jornada, assédio moral, constrangimento ilegal, motivos para as demissões realizadas e abuso de poder.

A videoconferência foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). De acordo com Sebastião, o MPT deu 30 dias para que a Mobi Rio reúna toda documentação solicitados pelo sindicato; mas se recusou a discutir a questão dos contratos temporários dos trabalhadores e as escalas de serviço.

“Como eles se negaram anteriormente a entregar a documentação que solicitamos, pedimos a intervenção do MPT, e  agora eles terão que fazê-lo em 30 dias; já  que temos a informação de que mais de 70 demissões foram realizadas pela Mobi Rio. Para se ter uma ideia, profissionais que trabalhavam 15 e até 20 anos em uma empresa pediram dispensa para irem trabalhar na Mobi Rio e agora estão arrependidos. Que fique claro que o sindicato não irá  tolerar nenhuma situação que caracterize trabalho escravo ou exploração dos profissionais que atuam em uma empresa considerada modelo na área do transporte urbano, e que por fim se transformou em um verdadeiro pesadelo”, disse.

Sebastião afirmou também que desde o ano passado a direção do sindicato vem recebendo denúncias dessas possíveis irregularidades cometidas pela empresa, tanto que duas videoconferências foram realizadas, uma no dia 21 de novembro e outra em 5 de dezembro, em que a empresa se comprometeu em enviar os documentos solicitados pelo sindicato provando que ela não age de má fé com os trabalhadores, mas nada foi encaminhado. Ele lembra ainda que hoje 23 mil motoristas estão empregados no setor de transportes, sendo aproximadamente 3.700 profissionais como motoristas, fiscais, operadores e mecânicos que atuam no BRT.

Foto: Divulgação

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