Tarifa do metrô aumenta para R$ 7,90, a partir deste sábado
A partir deste sábado (12/04), entra em vigor o reajuste de 5,33% na tarifa do metrô, que passará de R$ 7,50 para R$ 7,90. A autorização para o aumento foi dada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp), com base no contrato de concessão, que prevê reajustes anuais.
A tarifa social não sofreu aumento e continua com o mesmo valor de R$ 5. Ela é válida para usuários que tenham entre 5 e 64 anos e ganho mensal de até R$ 3.205,20, além de ter um cartão Riocard Mais habilitado no Bilhete Único Intermunicipal (BUI) e vinculado ao próprio CPF. Quem trabalha sem carteira assinada ou não possui renda também tem direito ao desconto.
Comissão de Transportes contesta aumento da passagem
A Comissão de Transportes da Alerj, durante audiência pública realizada no Parlamento Fluminense, contestou o reajuste da passagem do metrô. No debate, os parlamentares anunciaram que vão encaminhar ofício à concessionária, solicitando a apresentação da documentação referente ao faturamento da empresa, bem como a demonstração do valor patrimonial nos últimos anos.
Integrante efetivo da Comissão, o deputado Professor Josemar (PSol) criticou a ausência de representantes do Metrôrio na audiência e a falta de transparência dos dados apresentados. Um estudo realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que a tarifa poderia ser até R$ 1,70 mais barata, chegando a R$ 5,80. Os dados foram apresentados pelo auditor de controle externo do TCE, Dieisson Silva.
Segundo o auditor, o valor atual da tarifa está relacionado a uma alteração no contrato de concessão entre o Governo do Estado e o MetrôRio. “A empresa mudou a forma de calcular a recomposição inflacionária. Antes, o contrato considerava o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), tradicionalmente utilizado para esse fim. No entanto, em 2022, com a alta do dólar, o Governo alterou o índice para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)”, explicou.
O presidente da MetrôRio, Guilherme Ramalho, afirma que o alto valor da passagem se deve à ausência de subsídio público. Segundo ele, nas outras cidades brasileiras, o subsídio é sempre maior do que 50%.
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