Dissídio: Rodoviários rejeitam proposta dos empresários
Terminou sem acordo a reunião realizada nesta segunda-feira (26/05) entre a direção do Sindicato dos Rodoviários e representantes das empresas de ônibus, que teve a finalidade de discutir o dissídio dos cerca de 20 mil motoristas, mecânicos, fiscais e demais profissionais que compõem a categoria e que tem a data base para o mês de junho. Uma nova rodada de negociação por videoconferência está marcada para o dia 4 de junho, às 10h, entre o sindicato e empresários.
De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, hoje ficou garantido apenas a continuidade da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria até que ela seja assinada. “Nos foi oferecida uma contraproposta de um reajuste de salário e tíquete de alimentação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e apesar do reajuste integral repor a inflação do período, rejeitamos a proposta por considerar insuficiente para as necessidades da categoria, queremos um reajuste real acima da inflação”, disse.
Sebastião lembra que durante a assembleia geral da categoria realizada no início do mês, foi aprovado por unanimidade um reajuste de 15% de aumento salarial, cesta básica no valor de R$ 800,00, tíquete de refeição diário R$ 25,00, indenização do intervalo de almoço como hora extra e passe livre nos ônibus pelos profissionais.
“O passe livre é um acordo firmado há mais de 50 anos entre o Sindicato dos Rodoviários e os empresários de ônibus, que dá direito aos trabalhadores do setor viajarem nos ônibus do Rio sem a necessidade de pagar a passagem; mas para a surpresa da categoria, as empresas de transporte coletivo na cidade estão comunicando a seus funcionários que após a implementação total do sistema de bilhetagem “Jaé”, eles terão 6% descontado de seus contracheques para custear o deslocamento até o trabalho, como acontece com profissionais de outras áreas. Essa questão da mudança da bilhetagem é de responsabilidade da Prefeitura com os empresários, e os trabalhadores não podem ser penalizados com esse possível desconto. Isso é inegociável”, garantiu.
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