Após operação mais letal da história, Rio tem ruas desbloqueadas
A cidade amanheceu em situação de normalidade, nesta quarta-feira (29/10), depois da operação policial mais letal da história, que resultou em 121 mortos e 113 presos. Esse número de mortos pode aumentar após a retirada de dezenas de corpos na região de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, levados para a Praça São Lucas, na Penha.
Os transportes públicos funcionam sem problemas. De acordo com Centro de Operações e Resiliência (COR) da prefeitura, as operações dos ônibus, VLT, BRT, metrô, trens e barcas ocorrem sem alterações. Na terça, por causa das interdições, 204 linhas tiveram seus itinerários interrompidos e alterados. Além disso, 103 coletivos foram usados pelos criminosos como barricadas.
Dia de caos
Na terça-feira, em retaliação, os criminosos interditaram 35 ruas em diversos pontos da cidade, com veículos atravessados, latões de lixo, barricadas e pilhas de materiais em chamas.
Durante a madrugada, todas as ruas que ainda estavam bloqueadas por barricadas foram liberadas. A última foi a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, às 2h45.
Às 6h, o Centro de Operações e Resiliência (COR) da prefeitura anunciou que a cidade retornou ao estágio 1, o menor em uma escala de 5, que “significa que não há ocorrências de grande impacto”. O estágio 2 havia sido acionado às 13h48 de ontem, por causa das interdições em diversas ruas e dos problemas nos modais de transporte.
No trem e no metrô, a alta demanda de passageiros com a antecipação do horário de pico causou superlotação nas estações e composições. A operação precisou ser reforçada com carros extras. Por causa da escassez de ônibus, milhares de pessoas tiveram de caminhar a pé por quilômetros para voltar para casa.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.
