SuperVia: 1,2 milhão de passageiros por mês não pagam passagem

A SuperVia montou um grupo de trabalho, há um ano, para contabilizar e combater o calote no sistema ferroviário. Segundo a concessionária, o número de pessoas que burlam o sistema para viajar de graça nos trens cresceu muito desde a pandemia. Atualmente, a média diária de pessoas que pulam muros ou entram por passagens não oficiais para não pagar passagem é de 54 mil pessoas. Contando só os dias úteis, são quase 1,2 milhão de caloteiros que se expõem a atropelamentos na linha férrea – muitas vezes, as pessoas que praticam a ação carregam crianças e bebês – .De acordo com a concessionária, o prejuízo com a evasão é de mais de R$ 8,4 milhões mensais.

Mesmo que o maquinista aviste o acesso indevido, por serem grandes e pesados, os trens não conseguem parar imediatamente após o acionamento do freio de emergência. A uma velocidade de 80km/h, por exemplo, o trem ainda percorre 290 metros antes de parar por completo.

“A maior parte dos caloteiros é de jovens entre 20 e 27 anos, mas há também muitos idosos, além de homens e mulheres carregando filhos – inclusive, de colo. Eles vão andando pela linha férrea até chegarem onde está a plataforma, que é alta com relação à via, e muitas vezes os outros passageiros os ajudam a subir. Tudo isso correndo o risco de algum trem chegar”, lamenta o gerente executivo de Segurança da SuperVia, Marcus Almeida.

Ações de combate ao calote

Após identificar as estações mais problemáticas, e os horários em que é maior o acesso dos não-pagantes, a SuperVia criou equipes para inibir a ação. Para evitar a evasão de renda, segundo a concessionária, é preciso gastar com mais colaboradores e agentes do Proeis (Programa de Integração de Segurança, da Polícia Militar) – em média, seis homens somente para esse trabalho em cada estação e no “cinturão” – estações próximas que podem também ser burladas. Hoje, a concessionária conta com 38 policiais do Proeis e em torno de 80 agentes.

Cada ramal tem trechos mais críticos com relação aos acessos indevidos. Deodoro: Madureira e entre Maracanã e São Cristóvão; Japeri: Queimados e Nova Iguaçu; Saracuruna: Caxias e Corte 8; Santa Cruz: Campo Grande e Santa Cruz; Belford Roxo: estação de Belford Roxo.

Foto: Divulgação

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