Linhas de ônibus com pontos finais nas ruas tumultuam trânsito no Centro
As obras do Porto Maravilha, que fecharam dois terminais de ônibus, o Mariano Procópio, na Praça Mauá, e o da Misericórdia, na Praça Quinze, e a implantação do VLT, no Centro, deslocaram para as ruas os pontos finais de mais de 70 linhas.
Segundo matéria publicada nesta segunda-feira (11/6) no jornal O Globo, só o terminal da Misericórcia, desativado em 2014, era ponto final de 40 linhas, que foram distribuídas pela Praça Marechal Âncora e vias próximas. Algumas linhas agora fazem ponto final na Avenida Presidente Vargas, ocupando quase toda sua extensão entre a Candelária e a Central do Brasil, além de um trecho da pista do meio, no sentido Candelária, na altura da Rua Uruguaiana. Os ônibus intermunicipais que paravam no Procópio Mariano também ficaram perto da Candelária.
O terminal improvisado a céu aberto atrapalha o trânsito e o comércio local, além de não oferecer infraestrutura para rodoviários e passageiros. Não há abrigo para chuva ou sol forte nem banheiros para os motoristas e cobradores. Os comerciantes reclamam que a poeira causada pelas obras da linha 3 do VLT e das filas na portas das lojas, que afastam a clientela.
De acordo com o jornal, a SMTR informou que não tem projeto a curto prazo para construção de terminal na região. A secretaria argumentou que a implantação do VLT alterou a dinâmica de mobilidade urbana no Centro, e as linhas e pontos de ônibus foram adequados a esta nova concepção. O órgão destaca ainda que tem trabalhado para aplicar melhorias no entorno, como o aperfeiçoamento das paradas e espaço para pedestres.
Foto: Tomaz Silva