Paralisação das obras do BRT aumenta risco de acidentes na Avenida Brasil

Com as obras do corredor BRT, na Avenida Brasil, suspensas desde março, os motoristas que passam pela via têm de redobrar a atenção para evitar acidentes. Em Irajá, na altura do posto do Detran, divisórias de concreto, algumas desniveladas, invadem a pista de rolamento, aumentando o risco de colisões, com os blocos. Os condutores também reclamam da falta de sinalização e iluminação precárias. Placas deterioradas, como a que indica a redução de velocidade por conta da obra, na Penha, estão com as pontas soltas e dobradas, atrapalhando a identificação.

Em junho, o capitão da Aeronáutica Vitor Elias Martins morreu em um acidente causado pela falta de sinalização. A vítima morreu na hora, quando seu carro, um Mitsubishi, rodopiou e capotou sobre blocos de concreto que separam uma calha do BRT das faixas de rolamento. O incidente com o militar aconteceu na altura de Barros Filho, sentido Zona Oeste.

Segundo o ex-coordenador do Programa de Redução de Acidentes de Trânsito do Ministério dos Transportes, Fernando Pedrosa, se a obra parou e há obstáculos e barreiras físicas, a sinalização é fundamental para garantir a segurança da circulação.

Engarrafamentos

Além do perigo de acidentes, os motoristas enfrentam longos congestionamentos na via expressa por causa do fechamento das pistas. As dificuldades no trânsito devem durar até o ano que vem. Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, as obras devem ser retomadas no fim deste mês, com a conclusão do corredor prevista em um ano.

Entretanto, as pessoas que moram nos bairros que cortam a Avenida Brasil ou que transitam nela diariamente perderam as esperanças de ver o cronograma cumprido. Desde que as obras começaram, o bancário Antônio Gomes dos Santos tem de sair duas horas mais cedo de casa, em Irajá, para não chegar atrasado ao Centro. “Antes das obras, eu conseguia chegar ao trabalho, no máximo, em uma hora, agora faço em duas horas, às vezes em até mais tempo”, reclama.

Foto: Reprodução redes sociais

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