Metroviários do Rio entram em estado de greve por aumento salarial de 7%
Os metroviários do Rio permanecem em estado de greve pela reabertura das negociações salariais. Eles reivindicam aumento de 7% contra 1,69% oferecido pela empresa, além de planos de saúde, com direitos iguais para todos os trabalhadores e mais folgas durante o mês.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro (Simerj), José Ronaldo Fernandes Brito, o salário base é de R$ 1.200, 00 e a escala impõe uma jornada de trabalho excessiva por causa da redução de funcionários. Ele explica que, desde 1998, o Metrô já dispensou cerca de 6 mil trabalhadores. “Em 20 anos, foram 300 demissões, por ano, em média, de bilheteiros e de pessoal de manutenção”, calcula o diretor. Hoje a categoria tem 2.700 trabalhadores sem contar os terceirizados. De acordo com Brito, o Simerj aguarda o posicionamento da administradora do metrô para decidir se vão entrar em greve ou não.
Em carta aberta, o Simerj reivindica também a melhoria do atendimento à população, com intervalos menores entre os trens, para evitar a superlotação; a volta das bilheterias, com geração de empregos, para reduzir as filas; além da reforma das estações, que têm ventilação precária e algumas estão infectadas por fezes de pombo. O documento informa ainda que os trabalhadores da RioTrilhos, vinculada ao governo estadual, “amargam um brutal arrocho salarial de 14 anos e perdas de direitos”.
O estado de greve foi votado em assembleia do Simerj no dia 14 de julho, por mais de 300 metroviários.
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