Passageiros denunciam irregularidades em linhas da Zona Norte

Usuários das linhas 434 (Grajaú-Copacabana) e 435 (Grajaú-Gávea) reclamam da longa espera pelos coletivos. “Os ônibus sumiram, demoram cerca de uma hora para passar”, queixa-se Pedro da Silva, morador do bairro. Com o sumiço, as opções para o deslocamento do Grajaú até o Centro ficam reduzidas às linhas 422 (Grajaú-Cosme Velho – Via Av. Rio Branco) e 226 (Grajaú-Carioca). A administradora Vera Lúcia de Oliveira relata que tem de sair mais cedo de casa para chegar ao trabalho no Centro, no horário, por causa da falta de condução. “É imprevisível, não dá para contar com o ônibus. Às vezes, espero mais de uma hora e nada”, critica a administradora.

Não foi por falta de aplicação de multas que o consórcio Intersul, responsável pelas linhas 434 e 435, deixou de cumprir o contrato com a Prefeitura. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), o consórcio foi autuado 28 vezes, somente este ano, por circular com frota abaixo do determinado no contrato de concessão e por inoperância das linhas em questão.

Nesta terça-feira (25/9), rodoviários da empresa Estrela Azul, responsável pela operação das linhas 434 e 435 e outras sete linhas, fizeram paralisação em protesto contra o atraso de salários e benefícios. Eles voltaram ao trabalho depois de firmarem acordo com a empresa.

Parada irregular

Na região da Tijuca, passageiros reclamam que os motoristas das linhas 217 (Andaraí-Carioca) e 220 (Usina- Candelária) param irregularmente no ponto de ônibus da Praça da Bandeira e só seguem viagem quando os coletivos estão cheios.  A prática atrapalha o trânsito e a visão dos usuários, que muitas vezes não conseguem fazer sinal para os coletivos. “Os condutores ficam parados, chamando as pessoas, impedindo outros motoristas de pararem, e quem está no ponto esperando outro ônibus fica a pé”, explica a secretária Ana Maria Ferreira.

Procurada, a SMTR informou que o consórcio responsável pelas linhas 217 e 220 recebeu 10 autuações este ano por operar ponto de linha em local diferente do determinado. O órgão reforça que mantém monitoramento permanente e ações de fiscalização constante para verificar os serviços oferecidos pelos consórcios e, em caso de irregularidades, os responsáveis são multados e notificados.

Foto: Divulgação

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