Candidatos ao governo do Rio propõem integração entre os modais

A melhoria do setor de transportes é um dos temas principais dos candidatos ao governo do estado do Rio, nas eleições de 2018. Os usuários enfrentam diariamente conduções lotadas, que passam com intervalos irregulares, viajam em coletivos e trens mal conservados e pagam tarifas elevadas.

As propostas de Eduardo Paes (DEM), Índio da Costa (PSD) e Tarcísio Motta (PSOL) contemplam a integração entre os modais, a ampliação da malha ferroviária e do metrô, além das linhas de barcas. Para Romário Faria (PODEMOS), a prioridade são as linhas hidroviárias e o aumento da fiscalização dos serviços concedidos.

Eduardo Paes propõe integração entre os modais

O ex-prefeito Eduardo Paes quer ampliar a integração entre os modais, para que trens, metrô, BRT, barcas e VLT sejam os principais meios de deslocamento na região metropolitana. Ele pretende reformular o Bilhete Único, a partir da licitação das linhas intermunicipais.

Segundo o programa de governo, Paes que implantar o transporte de alta capacidade, para reduzir o tempo de viagem entre os municípios de Itaboraí, São Gonçalo, Maricá e Niterói até o Centro do Rio, além de ampliar a malha ferroviária e metroviária.

Eduardo Paes vai transferir as atribuições de fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Detro) para a Agência Reguladora de Transportes (Agetransp). Ele pretende “despolitizar as indicações dos conselheiros” da agência, para garantir sua independência e o aprimoramento de sua capacidade técnica.

Romário Faria quer criar novas linhas de barcas

O candidato do PODEMOS prioriza a ampliação das linhas hidroviárias na região da Baía de Guanabara, conectando São Gonçalo e Duque de Caxias ao Centro do Rio e ainda aumentar a fiscalização dos serviços das concessionárias de trem, metrô e barcas.

Índio da Costa propõe a construção de multiterminais

Para Índio da Costa, a política de transporte será guiada pela lógica da integração entre os modais. De acordo com o candidato, o transporte rodoviário deverá alimentar as estações de trem, barcas e metrô, onde os terminais de conexão serão multimodais e intermodais. Índio propõe também a interligação dos portos e o transporte público rodoviário com estações de transbordo, em locais de grande concentração habitacional.

Tarcísio Motta quer de volta o controle da bilhetagem eletrônica

A proposta de Tarcísio é obter o controle público da operação da bilhetagem eletrônica e dos terminais intermunicipais, alterando a legislação estadual que entregou esses serviços para a Fetranspor. O candidato quer implementar um sistema de bilhetagem eletrônica que integre em um mesmo cartão todos os tipos de transportes (ônibus, BRT, VLT, metrô, trem, barcas) — com opção de bilhete mensal, semanal e diário, com uso ilimitado durante o período de validade do bilhete.

Tarcísio pretende criar a Empresa Pública de Transporte e Mobilidade, para gerir e fiscalizar a operação dos diferentes modais de responsabilidade do governo estadual. A empresa substituiria o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Detro), a Agência Reguladora de Transportes do Estado do Rio (Agetransp), a Companhia de Desenvolvimento de Terminais Rodoviários (Coderte), a Central e a Rio Trilhos.

O candidato planeja ampliar a rede de transporte hidroviário, com linhas de barcas que atendam São Gonçalo, Ilha do Governador, Ilha do Fundão, Baía da Ilha Grande e Baixada Fluminense, além de expandir o metrô, com a conclusão de ligações entre o Estácio-Carioca (Linha 2) e implantar novas linhas ligando o Centro à região de Itaboraí (Linha 3) e o subúrbio da Zona Norte da capital à Baixada de Jacarepaguá (Linha 6). Para o sistema dos trens, a prioridade é aumentar a frequência e melhorar a qualidade das composições e das estações, começando pelos ramais de Santa Cruz, Japeri, Belford Roxo e Saracuruna.

O plano de governo inclui tarifas especiais para pessoas de baixa renda e a expansão do passe livre universitário, além da criação de linhas ou zonas experimentais de “Tarifa Zero”, nas quais os usuários não pagarão pelo serviço. A ideia é começar pelas regiões mais pobres e de maior fluxo. O custo de operação dessas linhas seria subsidiado pelo Fundo Estadual de Transporte.

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