Em protesto contra ação policial, moradores ateiam fogo em ônibus
Um coletivo que fazia a linha 2339 (Castelo–West Shopping) foi incendiado por moradores, que faziam protesto contra a ação da Polícia Militar, na Estrada da Posse, em Bangu, na noite de quarta-feira (7/11). Pelo menos três pessoas foram baleadas quando o Comando de Operações Especiais entrou em confronto com criminosos, em Senador Camará. As circunstâncias em que os feridos foram atingidos ainda estão sendo investigadas.
Em nota, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro repudiou o ataque. Segundo a Federação, esse é o 21º ônibus incendiado no Rio este ano. “A população é a mais prejudicada nessas situações com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema”, diz a Fetranspor.
De acordo com a Fetranspor, desde 2016, 177 ônibus foram incendiados em ataques no estado do Rio, gerando prejuízos de mais de R$ 76 milhões às empresas. Apenas seis desses veículos puderam ser recuperados.
Só na Baixada Fluminense, foram 82 ônibus destruídos. As cidades com mais casos de vandalismo são Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Magé e Nova Iguaçu. O seguro não cobre esse tipo de sinistro. O tempo para encomenda e regularização dos novos ônibus pode chegar a seis meses. Segundo a Federação, durante esse período, um coletivo deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros.
Foto: Reprodução internet