Ônibus têm as tarifas mais baixas entre os modais, R$ 4,05
Os usuários de transporte público do estado do Rio vão ter de desembolsar mais dinheiro, a partir de fevereiro, para andar de ônibus, trem, metrô e barcas. As passagens dos coletivos vão aumentar 2,54%, passando de R$3,95 para R$ 4,05. O preço de acesso aos trens subirá 9,69%, passando para R$ 4,60. A tarifa social das barcas será elevada em 3,28%, de R$ 6,10 para R$ 6,30. E o bilhete de Metrô, que custava R$4,10 passará para R$ 4,30, uma majoração de 6%.
Entre todos os modais, as empresas de ônibus obtiveram o menor reajuste, conquistado depois de uma queda de braço, que começou no fim do ano passado, com o prefeito Marcelo Crivella. Já trens, barcas e metrô tiveram aumento homologado com base no contrato de concessão pela Agência Reguladora de Transportes Públicos do Estado do Rio (Agetransp), em 21 de dezembro.
De acordo com Crivella, a reposição tarifária de 2,54%, assegura o equilíbrio econômico e financeiro às empresas de ônibus, que enfrentam sérias questões econômicas, o que tem comprometido a oferta e a melhoria dos serviços. Mas, a Prefeitura não explicou quais foram os cálculos usados para chegar a esse índice.
O prefeito disse ainda durante a coletiva em que divulgou o reajuste, nesta terça-feira (29/01), que as concessionárias cumpriram com o que foi determinado no acordo firmado em junho. “Chegaram a 60% da nossa frota com ar-condicionado, apresentaram os balancetes e fizeram até mais: colocaram internet, tomadas (para carregar celular) e também desistiram de todas as ações que tinham contra a Prefeitura na Justiça”, enumera Crivella. Ele destacou que as empresas deram a primeira cota para ajuda da pavimentação das principais rodovias da cidade. “Depositaram R$ 1 milhão, e serão mais sete parcelas, somando R$ 7 milhões”, ressaltou o prefeito.
Foi anunciada na mesma coletiva também a intervenção no Sistema de BRT. O interventor será o ex-deputado Luiz Alfredo Salomão. Com isso, a Prefeitura espera apresentar no prazo de 180 dias um diagnóstico do sistema. “Estamos com problemas nos BRTs, sobretudo na Zona Oeste. Na Avenida Cesário de Melo, há várias estações sem operar”, disse Crivella. Outras reclamações dos passageiros são a superlotação, redução da frota e intervalos irregulares.
Os ônibus atendem 81,4% da demanda de deslocamento diário da população do estado, o equivalente ao transporte de 8,52 milhões de passageiros.
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Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil