Pagamento de funcionários do BRT atrasado é liberado
O pagamento dos funcionários do BRT, atrasado desde janeiro, começou a ser normalizado nesta terça-feira (19/03). O atraso nos salários começou após o banco Itaú, responsável pelos repasses financeiros, não concordar com a decisão de manter três novos representantes legais do consórcio. As informações são do jornal O DIA.
Salomão informou que a volta dos pagamentos de maneira regular acabam com a possibilidade de paralisação dos serviços. Os valores são depositados quinzenalmente e segundo o interventor, todos seriam pagos até o fim do dia de hoje.
Os representantes escolhidos para o consórcio são o ex-diretor de patrimônio e controle do Rio Trilhos Edésio Frias, o engenheiros de Transportes André Ormond e Leandro, assessor do atual diretor financeiro do BRT.
Por meio de nota, o setor de intervenção ao BRT informou que, após resolvido o problema com os salários, uma auditoria nas garagens será realizada. Além disso, entre as promessas da nova gestão, está o aumento das frotas de ônibus para cobrir os corredores.
Em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV GLobo, o ex-presidente executivo do BRT, Jorge Dias, afirmou que o consórcio vem alertando a Prefeitura há anos sobre os problemas que levaram o sistema à atual situação e negou a existência de uma “caixa-preta”.
“Ele (o interventor Luiz Alfredo Salomão) tem acesso a todos os números. É bom deixar saliente que o BRT informa todos os números mensalmente à Secretaria municipal de Transportes. Ficar batendo na ideia da caixa-preta é a forma que as pessoas encontram para se defender”, disse Dias.
Durante a entrevista, Jorge Dias confirmou que o BRT se recusou a assumir o custeio da Guarda Municipal para o sistema. De acordo com ele, a proposta foi feita pela prefeitura e o custo total do convênio seria de R$ 16 milhões. O ex-presidente do consórcio afirmou que o BRT tem um patrimônio líquido de R$ 150 milhões, mas afirmou que a situação econômica do consórcio é deficitária. Ele acusou a prefeitura de usar o BRT de forma experimental.
“Claramente estão fazendo do BRT um balão de ensaio, um laboratório, estão testando o que funciona e o que não funciona para chegar a uma solução que possa ser implantada”.
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