Rio terá Programa de Direção Responsável para profissionais

Será criado no estado do Rio o Programa Direção Responsável voltado para a avaliação voluntária de motoristas de transporte de cargas ou de passageiros. O objetivo é alertar sobre os problemas decorrentes do sono ou do repouso noturno dos profissionais, conforme determina a Lei 8.416/19, do ex-deputado Átila Nunes.

O texto foi sancionado pelo governador Wilson Witzel e publicado no Diário Oficial do Executivo nesta quinta-feira (13/06). Segundo a Lei, o governo do estado deverá desenvolver campanhas publicitárias e informativas para esclarecer sobre os riscos de acidentes decorrentes do sono e da importância de exames de caráter preventivo.

Relatório do Conselho Federal de Medicina sobre acidentes

Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgado no fim de maio, no estado do Rio, entre 2008 e 2016, 23.691 pessoas morreram em consequência de acidentes de trânsito. De 2009 a 2018, foram internadas 98.164 pessoas, com um custo de R$173 milhões, para o Sistema Único de Saúde, nesse período.

O integrante do CFM, Antônio Meira, explica que as internações de vítimas desse tipo são mais onerosas. “As internações por acidente de trânsito são mais onerosas do que por outros tipos de doenças porque no geral são politraumatizados, precisam de cirurgias complexas, ortopédicas, neurológicas, precisam ficar em UTIs”.  Em relação à prevenção dos acidentes relacionados ao trânsito, Antônio Meira diz que grande parte deles são provocados por fatores passíveis de serem evitados – como desrespeito às leis de trânsito, dirigir sob efeito de álcool e drogas, excesso de velocidade e não usar equipamentos de segurança como cinto e capacete. O diretor ressalta que para a prevenção é importante que haja campanhas de conscientização permanentes e fiscalização, além de ser necessário melhorar a infraestrutura das vias.

No país, a cada uma hora, em média, pelo menos cinco pessoas morrem vítimas de acidente de trânsito. Os desastres nas ruas e estradas do país também já deixaram mais de 1,6 milhão de feridos nos últimos dez anos, ao custo direto de quase R$ 3 bilhões para o SUS.

Foto: Reprodução internet

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