Estações e terminais do BRT terão reforço de PMs no patrulhamento
Na primeira operação realizada por policiais militares, que integram o Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis), nos terminais e estações do BRT, foram recolhidos cerca de meia tonelada de materiais e lixo deixados por ambulantes nos três terminais e 29 estações do corredor Transoeste, que ficam no trecho entre o Terminal Jardim Oceânico (Barra da Tijuca) e a Estação Pontal (Recreio). A ação desta segunda-feira (10/02), contou com 16 PMs e 15 guardas municipais.
Segundo o convênio com o Proeis, 30 PMs farão rondas diárias no sistema para coibir delitos e auxiliar no ordenamento dos corredores Transoeste, Transcarioca e Transolímpica. Os policiais militares farão rondas em todos os corredores com base em um planejamento feito pela equipe de inteligência e monitoramento do BRT Rio e direcionado para sanar as principais necessidades do sistema. O contrato tem duração de um ano e pode ser renovado após esse prazo.
O BRT explica que os policiais militares que irão atuar no sistema realizam uma abordagem de proximidade a fim de evitar o confronto e focam na resolução de problemas de maneira eficiente e humana. Segundo o BRT, o objetivo é estabelecer um diálogo respeitoso com ambulantes e pessoas em situação de rua, solicitando que eles se retirem das estações. Durante a abordagem é reforçado que a presença de bancas e caixotes, além de pessoas dormindo nas plataformas ou debaixo de escadas, por exemplo, afeta diretamente o fluxo nos terminais e estações, algo que impacta o planejamento operacional do BRT e coloca a segurança de todos em risco. “Alguns ambulantes e pessoas em situação de rua também acabam usando as pistas para entrarem irregularmente nas estações. Muitas vezes com materiais pesados, isopores”, diz o presidente-executivo do BRT Rio, Luiz Martins.
Calotes e Vandalismos geram prejuízos
“O convênio com o Proeis representa um grande esforço financeiro para o BRT, que hoje lida com problemas sérios como os constantes atos de vandalismo, o alto número de evasões no dia a dia e a manutenção frequente de articulados que quebram em razão das condições precárias das pistas. Nossa intenção é que a presença da PM seja um reforço à atuação da Guarda Municipal no papel de fiscalizar o sistema e dar segurança aos passageiros”, destacou Luiz Martins.
Atualmente, o BRT Rio tem uma média de 70 mil calotes por dia nos três corredores. O prejuízo estimado com esta prática é de aproximadamente R$6 milhões por mês, o que daria para comprar mais cinco articulados. Outro problema recorrente são os atos de vandalismo. Os articulados costumam ter os vidros das janelas quebrados, as portas destruídas, os alçapões arrancados, os bancos rasgados e os acabamentos internos danificados. Ao longo de 2019, foram 153 veículos depredados. Uma porta danificada pode tirar um ônibus de circulação por um dia, se for um vidro quebrado, por exemplo, ou até cinco dias, se for afetado o mecanismo. Em alguns casos mais sérios, quando a forração interna do carro (teto ou laterais internas) é destruída e não há peças na distribuidora, é necessário fazer um pedido especial para a fábrica e a reposição pode demorar até um mês.
Além do vandalismo nos articulados, as estações e terminais também são alvo de depredações. “Não há um dia em que não seja aberto pelo menos um protocolo interno para conserto de equipamentos por causa de destruição ou furto de peças”, informa Martins. De acordo com o BRT, o prejuízo estimado com vandalismo e mau uso das estações e terminais é de R$ 1.400.000,00 por mês, valor que é gasto para mantê-los nas mínimas condições de operação. Só com portas de vidro são gastos cerca de R$ 500 mil por mês.
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