Governo reduz em 50% a capacidade de lotação dos transportes
O governo do estado Rio de Janeiro publicou no Diário Oficial, na manhã desta terça-feira (17/03), situação de emergência na saúde pública devido ao novo coronavírus. Segundo o decreto, a capacidade de lotação dos ônibus intermunicipais, barcas, trens e metrô deve ser reduzida em 50%, e ônibus interestaduais que tenham origem em estado com circulação do vírus confirmada ou situação de emergência decretada estão com circulação suspensa no Rio. O Passe Livre dos estudantes foi suspenso. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse na manhã desta terça-feira que os ônibus municipais só circularão com passageiros sentados. Porém, os BRT’s continuam lotados.
Witzel explicou que determinou a redução de 50% da capacidade de lotação, e quando possível, com janelas abertas. O governador disse ainda que vai cancelar o passe livre, porque não está tendo aula.
A Secretaria Estadual de Transportes programou para esta terça-feira (17/03) uma reunião com as concessionárias que operam barcas, trens e metrô. O objetivo é reduzir — ainda mais — o volume de passageiros, sobretudo nos horários de pico.
Nesta segunda-feira (16/03), a Supervia, por exemplo, registrou queda de 76 mil pessoas nos ramais — o equivalente a 20% a menos. Nas barcas, a redução foi de 35%.
A recomendação principal para tentar barrar o avanço do coronavírus é evitar aglomerações em ambientes fechados. “Faço um apelo, mais uma vez, para a população do nosso estado, principalmente aos jovens. Estamos tentando evitar o que houve em outros países, com muitas mortes, como Itália e Espanha. Se agirmos como outros países agiram, esvaziando as ruas, conseguiremos conter a proliferação do vírus”, disse o governador.
O secretário de estado de Saúde, Edmar Santos, completou: “Hoje, estamos com 31 casos confirmados no Rio de Janeiro, sendo um paciente em estado grave. Ele já apresentou uma pequena melhora das últimas horas, mas ainda segue muito grave no CTI. Mas o problema não é esse hoje. Há um mês, a Itália estava na situação que estamos hoje e, um mês depois, está nesta tragédia humanitária. As ruas do país estão vazias, mas só estão assim após a morte de mais de 1.800 pessoas. É preciso que a gente consiga fazer que as ruas do Rio de Janeiro fiquem vazias hoje enquanto não morreu ninguém. Este é o nosso desafio”, acrescentou Edmar.
Restaurantes e circulação nas ruas
Witzel também destacou que, no decreto, deverá pedir que restaurantes tenham apenas 30% de sua capacidade, e que, caso seja possível, os clientes priorizem os serviços de entrega, que podem ser feitos no próprio estabelecimento.
“Nesse serviço de entrega, evite contato com o entregador”, pediu o governador. Witzel explicou que, caso as medidas de restrição de circulação não sejam obedecidas, o número de casos pode aumentar muito e sobrecarregar o sistema de saúde.
Shoppings funcionarão em um turno;
Lojas dos shoppings estarão fechadas e só a praça de alimentação ficará aberta;
Os bares e restaurantes das praças devem funcionar com 1/3 das mesas;
Academias devem ser fechadas.
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