Rodoviários e empresas assinam acordo para impedir demissões

O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) assinou, na manhã desta quinta-feira (02/04), um acordo coletivo com representantes das empresas de ônibus, na sede do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (da entidade de classe patronal. O documento impede as companhias suspendam os salários dos trabalhadores.

Os principais pontos do acordo com validade até 19 de junho são:

As empresas deverão manter o benefício de cestas básicas;

Não haverá demissões em massa no setor;

O sistema de revezamento poderá ser adotado, garantindo a todos os trabalhadores sua inclusão em escala e assegurando seus salários, que serão correspondentes ao período trabalhado;

O valor da hora de trabalho será mantido;

As empresas viabilizarão a inclusão dos rodoviários em todos os programas de benefícios ou compensação salarial oferecidos pelos governos federal, estadual ou municipais.

O acordo coletivo beneficiará mais de 8 mil rodoviários nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Tanguá. As negociações com os patrões prosseguem para contemplar os trabalhadores dos demais municípios, que compõem a base territorial do Sintronac: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, Rio Bonito, São Pedro da Aldeia e Saquarema.

O presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, reitera que os rodoviários não devem assinar qualquer documento, que permita às empresas suspenderem os contratos de trabalho e o pagamento dos salários. O sindicato mantém um plantão jurídico em sua sede de Niterói, para receber denúncias.

Em entrevista ao jornal O Dia, o presidente do Sintronac disse que a expectativa é que  medidas de compensação salarial prometidas pelo governo federal para empresas e trabalhadores saiam da propaganda e entrem em prática. Segundo ele, garantir o poder de compra dos trabalhadores é uma medida eficaz para manter a economia do país ativa. “Os rodoviários integram uma categoria numerosa, com milhares de famílias, e também estão passando por problemas financeiros graves”, afirma.

Foto: Agência Brasil

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