Em crise financeira, MetrôRio estuda reduzir operação
O MetrôRio calcula que tem caixa para cobrir os seus custos somente deste mês. A concessionária informou que pode alterar o funcionamento a partir de setembro devido à queda de arrecadação. Segundo a empresa, o prejuízo mensal chega a R$ 35 milhões e o déficit acumulado até julho já ultrapassa os R$ 200 milhões.
Mais de 80 milhões de pessoas deixaram de circular no sistema desde 16 de março, quando as medidas de restrição de circulação na cidade foram decretadas. Em média, são menos 18,6 milhões de embarques por mês nas estações e trens da concessionária, uma queda diária superior a 80% do público.
Se não houver ajuda do governo, a concessionária deverá tomar medidas de contenção de despesas. Especula-se que estações poderão ser fechadas ou dias e horários de funcionamento poderão ser cortados.
Enquanto não há solução sobre o auxílio emergencial do governo federal para os transportes, estão em andamento estudos sobre outros cenários de redução de custos possíveis para permitir que a operação seja mantida por mais tempo”, disse, em nota, a empresa.
A empresa explica que os custos de operação são, em sua maioria, fixos. Para evitar alterações no serviço, o MetrôRio renegociou suas obrigações junto a fornecedores e credores e recentemente teve que reduzir seu quadro de pessoal em mais de 10%.
“O MetrôRio, ao contrário de vários sistemas de transporte do país e de outras cidades do mundo, como São Paulo e Londres, por exemplo, não recebe subsídio do governo para manter sua operação. Sua receita vem exclusivamente da tarifa cobrada dos passageiros”, diz a nota da empresa.
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