Sem socorro da União, sistema de transporte piora a cada dia
Com a retomada das atividades econômicas, a população volta a sofrer com a lotação e os longos intervalos do transporte público. A situação piorou com a crise provocada pelo coronavírus.
Nas redes sociais, passageiros reclamam dos transtornos que passam todos os dias para se deslocar até o trabalho e voltar para a casa. “Não há distanciamento. Trens e ônibus circulam lotados e a espera é longa”, queixou-se uma internauta.
Há 15 dias a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3364/2020, que trata do socorro emergencial ao transporte público. O texto seguiu para votação no Senado Federal, mas ainda sequer entrou na pauta.
A proposta, aprovada em 26 de agosto, prevê o repasse de R$ 4 bilhões da União aos municípios com mais de 200 mil habitantes e também aos estados e ao Distrito Federal para garantir a continuidade do serviço em razão da pandemia de Covid-19. O socorro deve-se à queda de renda das operadoras devido às medidas de combate ao coronavírus, como isolamento social e fechamento de indústrias e comércio.
Segundo a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), entidade que representa os operadores de metrô, trem urbano e VLT, se os recursos da União demorarem a chegar às concessionárias, o atendimento à população poderá ser ainda mais comprometido. “Os sistemas de metrô, trem urbano e VLT acumulam déficit de mais de R$ 5 bilhões, somente em termos de receita tarifária, e esse recurso será fundamental para contribuir com a manutenção das operações de transporte, em especial o metroferroviário, nas cidades brasileiras”, destaca o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores.
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