Violência e insegurança estão afastando rodoviários da função
A direção do Sindicato dos Rodoviários disse que tem sido procurada, em média, diariamente, por seis profissionais, que pedem o afastamento de suas funções devido às agressões que têm sofrido por parte de assaltantes. Além dos constantes assaltos aos coletivos, motoristas e cobradores se queixam que têm sido vítimas de sequestros dos ônibus por bandidos para serem usados como barricadas nas comunidades que margeiam, principalmente, a Av. Brasil.
De acordo com o presidente do sindicato, Sebastião José, infelizmente a violência se tornou uma rotina no meio do transporte urbano de passageiros no Rio, fazendo com que os profissionais peçam a direção das empresas para trocarem de linha todos os dias.
“A violência está descontrolada na cidade, mas para nossa maior surpresa o sequestro de ônibus para ser usado como barricada e para transporte de pessoas de uma comunidade para outra, está virando uma rotina sem que nada seja feito pelas autoridades”, destaca Sebastião José.
Sebastião José acrescenta, que muitos rodoviários não suportam a pressão e procuram o departamento jurídico do sindicato para intermediar um acordo para saírem da empresa. “A situação está ficando sem controle”, afirma.
Ele informou ainda que já existe no sindicato projeto para a contratação de um psicólogo para atendimentos aos profissionais da categoria, mas que devido à segunda onda da Covid-19 o projeto teve que ser adiado momentaneamente.
“Para nós, somente a colocação de câmeras nos ônibus não é suficiente para coibir os assaltos dentro dos veículos. É preciso que haja uma atuação maior das forças de segurança, principalmente com blitzes diárias para tentar reduzir esse tipo de delito”, justifica.
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