Rodoviários cobram amparo econômico e vacinação da categoria

O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) reiterou, esta semana, aos governos Federal, Estadual e municipais, a necessidade da adoção de medidas urgentes para a vacinação da categoria e de ações de amparo econômico para os trabalhadores. “Perdemos companheiros para o coronavírus: até o início de março, de acordo com informações, que chegaram até o Sintronac, pelo menos 42 rodoviários morreram infectados nos 13 municípios, integrantes da base territorial do sindicato”, informa, por nota, o presidente do Sindicato, Rubens dos Santos Oliveira.

Em dezembro, os rodoviários foram incluídos no Plano Nacional de Vacinação como grupo prioritário para imunização contra o Covid-19.  Desde janeiro, o Sintronac reivindica a implementação da medida junto a prefeituras e ao Governo do Estado, mas nada foi feito para que motoristas e demais profissionais do setor sejam contemplados com as vacinas. “Em nenhum momento, por mais grave que ele seja, faltamos com nosso compromisso com a sociedade. Esperamos, portanto, ser tratados de forma recíproca”, diz Rubens dos Santos.

O presidente da entidade, destaca que o momento é o mais dramático da pandemia no País, com mais de 3 mil mortes diárias. Ele elogia a adoção de medidas restritivas mais rígidas de circulação – pelas prefeituras do Rio e Niterói – à revelia dos governos centrais. Contudo, lamenta a ausência de uma política de vacinação da categoria e o alto risco de infecção e morte dos profissionais, que trabalham em coletivos lotados. “Se o povo sofre com a superlotação dos ônibus, imagine um motorista, que dirige 12 quilômetros e transporta, em média, 300 passageiros em um turno de serviço. Convivemos com passageiros, que insistem, por opção política ou simples ignorância, não usar equipamentos básicos de proteção, como as máscaras e o álcool em gel”, cita o presidente do Sintronac.

Rubnes Oliveira alerta que, com a crise financeira das empresas de ônibus, a ameaça de desemprego cresce; e a volta do revezamento, com cortes nos salários, será um recurso defendido pelas operadoras de transportes públicos. “Hoje, não temos mais o Benefício Social (BEm), que garantia aos rodoviários, escalados, ano passado, para trabalharem em revezamento, a composição de seus salários. O Governo Federal suspendeu o benefício em dezembro e insiste em não reeditar a medida, que poderia garantir empregos e por comida na mesa dos trabalhadores”, explica.

Além dos problemas econômicos, Rubens ressalta que as empresas enfrentam ainda a concorrência desleal da pirataria no setor. “Ao mesmo tempo, assistimos ao colapso lento e sufocante das empresas de ônibus, substituídas pelas vans e demais transportes piratas de forma sorrateira, amparados por uma negligente e conveniente omissão do poder público”, conclui.

Foto: Divulgação

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