Covid-19: Motoristas cobram vacinação e ameaçam paralisação
Motoristas e cobradores de coletivos estão preocupados com o descaso das autoridades no que diz respeito à inclusão deles na lista de vacinação prioritária contra a Covid 19. O presidente do Sindicato dos Rodoviários e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), Sebastião José, assegura que o sentimento de abandono dos profissionais é igual em outras cidades do país.
Segundo ele, a CNTTT vem sendo pressionada pela categoria para que haja uma paralisação nacional com a finalidade de uma imunização em massa de todos os trabalhadores do setor. “Hoje fazem parte da Confederação 13 federações com base estadual e municipal, além de 300 sindicatos de trabalhadores que somam mais de 12 milhões de empregados e que já acenam com a possibilidade de uma paralisação nacional, que irá atingir todos os estados, caso os governos, prefeituras e até o governo Federal não se manifestem sobre o assunto”, alertou.
De acordo com Sebastião José, em janeiro, o sindicato enviou ofício ao prefeito Eduardo Paes, solicitando a inclusão e que fosse considerada como prioridade a vacinação dos motoristas de ônibus que circulam não só aqui na cidade, como também os que fazem o transporte de passageiros intermunicipal e interestadual, além dos profissionais de carga. Segundo Sebastião José, até agora o sindicato aguarda um retorno da prefeitura para a imunização de cerca de 65 mil rodoviários, que atuam no segmento aqui no Rio e em outras cidades. Ele disse ainda que foi colocado à disposição do município para a vacinação o centro médico da entidade, em Campo Grande.
“Há muito tempo que a categoria vem cobrando uma melhor condição de trabalho. A chegada da Covid 19 só fez agravar a situação e expor motoristas e cobradores ao vírus, já que não existe nenhum tipo de fiscalização ou controle por parte do poder público nos pontos finais ou plataformas durante o embarque nos horários de pico. Em todos esses anos de sindicalismo jamais presenciei uma situação tão delicada no setor “- disse indignado.
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