Supervia anuncia aumento de tarifa para R$5,90, em 1º de julho
A Supervia anunciou o aumento da passagem dos trens, a partir de 1º de julho, para R$5,90. O reajuste de 16% já havia sido proposto, mas após acordo entre o Governo do Estado e a concessionária não foi aplicado. A tarifa em vigor é de R% 5.
De acordo com a Supervia, nesta segunda-feira (31/05), depois de 100 dias de negociações com o Governo do Estado, a concessionária passa a aplicar em julho o aumento na tarifa, homologado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp), em dezembro de 2020. A empresa destacou que, originalmente, o reajuste estava previsto para 2 de fevereiro, de acordo com o Contrato de Concessão, tendo como base a variação do IGP-M, publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“O reajuste tarifário foi realizado com desconto temporário de noventa centavos após semanas de negociação com o Governo do Estado e formalização em aditivo ao Contrato de Concessão. O acordo previa, ainda, que até 31/05/2021 fossem definidos os meios para viabilizar o reequilíbrio econômico-financeiro da concessão do transporte ferroviário de passageiros por conta desta frustração de receita, o que lamentavelmente não ocorreu. Por isso, a empresa está autorizada a cobrar o valor integral homologado pela Agência Reguladora (Agetransp)”, informou por meio de nota a Supervia.
A concessionária argumenta que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus expôs o alto custo operacional e de manutenção do sistema ferroviário de passageiros. “Antes da pandemia, registrávamos uma média de 600 mil passageiros diários, mas o número de embarques atualmente caiu pela metade e somam cerca de 300 mil passageiros nos dias úteis. A queda de demanda já chegou a 70% e hoje se estabilizou em 50%. A perda financeira é de mais de R$472 milhões”, alega a concessionária.
Em nota, o Governo do Estado do Rio informou que segue em tratativas com a SuperVia para reverter o reajuste na tarifa anunciado pela concessionária. “O objetivo é buscar alternativas que viabilizem o reequilíbrio econômico-financeiro da concessão do transporte ferroviário”, continua a nota.
Foto: divulgação