Sindicato dos Rodoviários cobra mais segurança nos ônibus

O número de assaltos aos ônibus que circulam pela cidade, levando pânico aos usuários, motoristas e cobradores vem crescendo. De acordo com o Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio (ISP), os roubos a coletivos aumentaram 18% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Carlos Sacramento, disse vai encaminhar ofício para a Secretaria de Segurança e a Polícia Militar, pedindo um maior empenho e a realização de blitzes nos coletivos, principalmente, nas linhas que cruzam a Av. Brasil entre Campo Grande e Bonsucesso. “Essa violência precisa ter um fim, já que esse tipo de delito vem aumentando descontroladamente na cidade e somente a colocação de câmeras nos ônibus não é suficiente”, justifica José Carlos.

De acordo com o Sindicato, algumas linhas são mais visadas pelos assaltantes, como a 790 (Campo Grande/Centro), 399 (Pavuna/Centro), 397 (Campo Grande/Tiradentes), 614 (Nova América/Alvorada) e 348 (Rio Centro/Candelária), além dos ônibus executivos, mais conhecidos como “furacões”. Em média, 26 profissionais solicitam à direção das empresas em que trabalham o afastamento dessas linhas, devido à agressividade dos criminosos.

“Os profissionais da categoria não suportam mais tanta violência, seja pela falta de segurança em que se encontra o estado, como pelo fator psicológico da possibilidade de ficarem sem seus empregos, já que muitas empresas estão atrasando o pagamento de salários e demais benefícios; isso sem contar que muitas já fecharam as portas deixando milhares de chefes de família na rua da amargura sem receber seus direitos trabalhistas”, explicou.

José Carlos lembra que, além dos assaltos, os profissionais da categoria ainda são hostilizados por parte de alguns passageiros por não aceitarem parar fora do ponto, não terem troco ou por demorarem seguir viagem quando estão trabalhando também como cobrador, caracterizando uma dupla função, prática comum entre a maioria das empresas e que vem sendo combatida pelo sindicato.

“Queremos apenas resguardar a integridade física desses chefes de família que, por vezes, avançam um sinal ou não param nos pontos para pegar passageiros cumprindo ordem da direção da empresa e são massacrados pela opinião pública. É claro que essa atitude é errada; mas a pressão que eles sofrem para cumprir os horários é muito grande, ao ponto de sofrerem crises nervosas como ocorreu recentemente com um cobrador”, explicou.

 Violência afeta motoristas

As ameaças e assaltos sofridas pelos rodoviários durante o trabalho, fez aumentar o número de motoristas e cobradores traumatizados que procuram o sindicato para relatarem o que vem ocorrendo. Diante disso, José Carlos, já está providenciando a contratação de um profissional para atendimento psicológico da categoria.

Foto: Divulgação

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