Ramal Japeri opera com atraso pelo quarto dia seguido
A circulação do ramal Japeri foi normalizada às 9h, depois de operar com intervalos ampliados para 20 minutos no trecho entre Japeri e Nova Iguaçu, e em 10 minutos entre Nova Iguaçu e Central do Brasil, nesta quinta-feira (02/09). Segundo a SuperVia, os atrasos ocorreram devido ao furto de cabos. Este é o quarto dia seguido que os passageiros têm de enfrentar vagões e plataformas lotados para se deslocar em plena pandemia.
De acordo com a concessionária, os intervalos foram aumentados devido à necessidade de manter distância entre as composições por medida de segurança, já que o controle de tráfego foi feito via rádio e não de forma automática. A SuperVia informou ainda que realizou viagens extras, partindo de estações estratégicas, para atender os usuários do ramal. “Técnicos da concessionária tentam reparar o sistema. Os outros ramais apresentam intervalos normais”, disse a nota da empresa.
Força-tarefa atua para coibir vandalismo
Para combater os furtos e o vandalismo, representantes da Secretaria de Transportes e técnicos da SuperVia realizaram, nesta quarta-feira (1º/09), uma vistoria no ramal Japeri. Com o levantamento, a secretaria planeja a melhoria da infraestrutura ferroviária, como o reparo e a construção de muros e passarelas.
A Polícia Militar triplicou o efetivo de patrulhamento – ao todo 200 policiais – nos 270 quilômetros da malha ferroviária e ruas do entorno e locais próximos a recicladoras e ferros-velhos para combater a compra e venda de materiais furtados. Haverá, ainda, policiamento aéreo, com o uso de infravermelho durante a noite. O trabalho de investigação da Secretaria de Polícia Civil será intensificado.
Essa força-tarefa criada pelo Governo do Estado, nesta quarta-feira (1º/09) é formada por representantes das secretarias de Transportes, de Polícia Civil, de Polícia Militar e da Casa Civil, para coibir a atuação de grupos criminosos na malha ferroviária. O objetivo é evitar ações de vandalismo, como furtos de cabos e equipamentos nas estações da SuperVia.
Há dois meses, foi deflagrada a operação ‘Caminho do Cobre’, que mapeia todo o processo entre a compra e venda dos materiais roubados. Ao todo, a ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Cinco empresas de reciclagem foram interditadas, oito pessoas foram presas em flagrante e 20 conduzidas à Delegacia de Roubos e Furtos para esclarecimentos. Os agentes também apreenderam toneladas de cabos de telefonia e de internet, trilhos de trem e outros materiais da SuperVia, baterias estacionárias, placas e R$ 200 mil em dinheiro.
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