Comissão da Alerj cobra explicações da Uber sobre novo serviço

O anúncio do aplicativo Uber afirmando que pretende lançar o serviço de mototáxi (Ubermoto) aqui no Rio, trouxe preocupação aos órgãos de transportes da cidade, assim como para o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressistas). De acordo com o parlamentar, mais uma vez a empresa Uber quer impor uma nova modalidade de transportes sem consultar a opinião das autoridades e prefeituras locais.

Diante de todo esse imbróglio, Dionísio irá encaminhar ofício para a sede da empresa aqui no Rio, cobrando que seja encaminhado para a comissão, a relação do número de mototaxistas já pré-cadastrados, o número estimado de contratações, o valor que será investido para o funcionamento da modalidade, a origem desse investimento e se tem movimentação e supervisão financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

“Desde 2009 quando foi fundada, a empresa Uber vem tentando a qualquer custo impor sua atividade pelo país. Apesar da profissão de mototaxistas estar regulamentada desde 2022, o grande número de interessados com certeza irá piorar o já confuso trânsito na cidade. Acredito que a real finalidade dessa empresa é a de faturar sem se importar em garantir o direito dos trabalhadores e nem prestar conta aos órgãos públicos; não sei se o Rio de Janeiro irá suportar um novo meio de transportes que já nasce desordenado”, explicou.

O parlamentar afirmou ainda que, caso a comissão considere as informações insuficientes, irá pedir a realização de uma audiência pública com a participação de representantes da Uber, das secretarias municipal e estadual de Transportes, secretaria de Saúde, secretaria de Fazenda, sindicato de Mototaxistas e da sociedade.

“Vale lembrar que os acidentes com motos são os responsáveis pelos maiores gastos para o sistema de saúde. Para se ter uma ideia, em 2022 foram registrados mais de 7 mil casos; por isso creio que seria necessário e prudente que a direção da empresa apresentasse para as autoridades, um plano para que os órgãos de trânsito pudessem avaliar o impacto que esse novo modal causaria na cidade, pois antes de se pensar em arrecadar, é necessário que se pense em evitar acidentes e salvar vidas”,  disse.

Foto: Divulgação

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