Semove leva Guia de Governança às empresas de ônibus

O Guia de Governança Corporativa, que norteou a reestruturação da Semove, Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro, será levado aos dez sindicatos associados à entidade, que reúnem 184 operadoras de linhas de ônibus. O consultor de mobilidade urbana, Sergio Avelleda, que coordenou a preparação do guia, explica que o documento orienta sobre as melhores práticas de transparência e integridade. “A Semove, como líder, servirá como espelho para que as empresas adotem os mesmos padrões de código de ética, governança, e responsabilidade social e ambiental, que a entidade incorporou há cinco anos quando iniciou a mudança”, resume Avelleda, que é sócio-fundador da Urucaia: mobilidade urbana.
A meta é conquistar maior credibilidade e confiança dos governos, financiadores, fornecedores de frota e peças. “A imagem é um ativo muito importante para qualquer empresa, especialmente aquelas que prestam um serviço público”, argumenta o consultor. Segundo Avelleda, outra vantagem de uma empresa transparente, socialmente correta e ambientalmente sustentável é a maior facilidade de obtenção de crédito. “Quem não cumpre requisitos ESG tem mais dificuldade de conseguir crédito, vai pagar mais caro”, comenta.
Os usuários do transporte público também saem ganhando, com um serviço mais humano e de qualidade prestado por operadoras comprometidas com aspectos ambientais, com as comunidades no seu entorno e que tenham respeito à diversidade.
“A sociedade cobra hoje das empresas um compromisso muito além do lucro. Ela tem de ser socialmente e ambientalmente correta. Fundamentalmente, uma empresa que presta serviço público precisa ser transparente, saber onde estão alocados seus recursos, como é a governança, se escolhe bem os seus administradores, se tem aderência ao código de ética e conduta. Enfim segue as melhores práticas de ESG”, analisa Avelleda.
Ao levar o guia de governança para os afiliados, a Semove se torna  uma referência. “Não adianta dizer para as empresas seguirem e não fazer. É um papel de liderança. O líder lidera pelo exemplo. E não pelo discurso”, afirma Avelleda.