Comissão pede grupo de intervenção para acompanhar SuperVia
A decisão da empresa japonesa Mitsui, que detém o controle da SuperVia, em devolver a concessão da empresa ao governo do Estado, gerou preocupação entre os milhares de passageiros que diariamente utilizam esse transporte. A direção da Mitsui se reúne nesta quinta-feira (27/04), com o governador Cláudio Castro para oficializar a decisão da empresa.
Diante dessa possibilidade, o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressista), deu entrada em uma indicação legislativa em pede a criação de um grupo de intervenção e transição que seria composto por representantes do Poder Executivo, do Legislativo, secretaria de Transportes, Agência Reguladora e de órgãos de defesa do consumidor. De acordo com o parlamentar, apesar do aporte feito pelo governo, a situação do serviço prestado pela SuperVia está chegando ao limite. Não dá mais para a população ficar refém de um serviço inadequado e ineficiente
A SuperVia tem 204 trens, que circulam em uma malha de 270 quilômetros, com parada em 104 estações ao longo de 12 municípios, e que já transportou mais de 1,1 milhão de passageiros por dia, hoje esse número não passa de 400 mil.
“O aditivo que prorrogava a concessão até 2023 estava condicionado a investimentos que não foram feitos pela concessionária. Todo esse impasse preocupa os usuários, que não podem continuar pagando o preço da desorganização e continuarem sendo transportados como gados, em vagões sujos e escuros, principalmente aqueles dos ramais que atendem a Baixada Fluminense. Creio que esse grupo de intervenção poderá colaborar, e muito, para ao menos reduzir as constantes irregularidades apresentadas pela SuperVia ao longo desses anos”, afirmou.
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