Segurança nos ônibus preocupa Sindicato dos Rodoviários
Os episódios ocorridos na terça-feira (23/10) em que 35 ônibus foram queimados na cidade pela ação de criminosos, trouxeram enormes problemas não só para a população, mas também para os profissionais que atuam no setor. Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Río de Janeiro, Sebastião José, o episódio de ontem deixou usuários e motoristas reféns de marginais e milicianos que há muito tempo atuam sem nenhum tipo de repressão.
“Apesar de não ter havido agressão física aos motoristas, o pânico foi geral, ao ponto deles só terem tempo de abrir as portas dos coletivos para que os usuários saíssem e deixarem o local correndo com medo de morrerem carbonizados. Isso, com certeza, afeta o psicológico do profissional que já convive diariamente com a violência nas ruas, comprovando a falta de planejamento e a total desorganização do estado na área da segurança. A sensação que fica é de que isso pode ocorrer novamente a qualquer momento. Muito ainda precisa ser feito para devolver a tranquilidade aos usuários e profissionais da categoria”, afirmou Sebastião.
Assaltos e agressões afastam motoristas da função
Segundo o presidente, os motoristas não suportam mais a insegurança que atinge a categoria diariamente. Já não bastasse o elevado número de assaltos nos coletivos, eles convivem agora com os sequestros dos ônibus por marginais para serem usados como barricadas nas comunidades que margeiam principalmente a Av. Brasil. O resultado disso é o número de motoristas que procuram a direção do Sindicato dos Rodoviários para comunicar agressões sofridas por eles, e que vem ocasionando o afastamento desses profissionais de suas funções, fazendo com que os profissionais peçam a direção das empresas para trocarem de linhas e até realizarem acordos para serem demitidos.
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