S.O.S Vida Silvestre e DER fazem blitz ambiental na RJ-116
O Centro de Educação Ambiental, S.O.S Vida Silvestre, que faz o monitoramento de animais atropelados na RJ-116 realizou, nesta terça-feira (28/05), uma blitz educativa na rodovia, com a participação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). Segundo o S.O.S Vida Silvestre, cerca de 150 mil animais silvestres são vítimas de acidentes por ano no estado do Rio de Janeiro.
Durante a blitz, as equipes ficaram concentradas na praça do Pedágio 4, em Cordeiro, na Região Serrana. Na ação, foram distribuídos panfletos educativos sobre a campanha, incluindo informações importantes sobre os animais silvestres que fazem parte do habitat da região. Além disso, os participantes levaram para casa mudas nativas da flora da Mata Atlântica.
O bioma representa 15% do território brasileiro, de acordo com dados do IBGE, e 100% do estado fluminense. O presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, Pedro Ramos, ressaltou a importância da ação de conscientização, citando alguns projetos do órgão voltados para a redução dos impactos ambientais das intervenções rodoviárias.
“Entre as medidas adotadas pelo DER para evitar acidentes com os animais silvestres nas rodovias estaduais está o investimento de R$ 101,9 mil por ano em placas que sinalizam a presença da fauna local. Já nas RJs 163 e 165, por exemplo, fizemos a implantação de zoopassagens que permitem a circulação segura dos animais”, explicou Pedro Ramos. Além disso, temos uma parceria com a Uerj para elaboração de projetos de gestão ambiental para obras rodoviárias — acrescentou o presidente do DER.
As estruturas montadas para que os bichos não façam a travessia pelas rodovias são planejadas para atender às necessidades e comportamentos das espécies, permitindo que os animais transitem com segurança e sigam suas rotas naturais.
O coordenador de projetos e assessor da presidência do DER, Evandro Xavier, falou sobre o papel do órgão na preservação ambiental.
Durante a blitz, motoristas foram informados sobre os altos índices de atropelamento de animais nas estradas. O aposentado Jorge Braz, que dirigia um dos carros abordados pelos agentes, contou sobre um caso que testemunhou.
“Eu já vi uma capivara atropelada na estrada e é muito triste. Cuidar dos animais é nosso dever como seres humanos. Ações como essa servem para nos lembrar de que o amor ao próximo também é ter amor pelos bichinhos”, disse.
Um grande número das rodovias fluminenses atravessa a Mata Atlântica, onde os animais silvestres tornam-se vulneráveis aos riscos de atropelamento. Na RJ-163, que corta o Parque Estadual da Pedra Selada, foram implantadas nove zoopassagens. Já na RJ-165, no Parque Nacional da Serra da Bocaina, são 17, sendo quatro passagens aéreas, seis subterrâneas tipo túnel, cinco subterrâneas tipo tubo e duas pontes que foram readequadas para possibilitar a travessia dos animais.
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