‘Intervenção é a única saída para Supervia’, diz Comissão da Alerj

A SuperVia  não enviou representantes para a audiência pública realizada, na terça-feira (11/06)pela Comissão de Transportes da Alerj para discutir os graves problemas apresentados pela concessionária, que  que vem prejudicando milhares de usuários. Para o presidente da Comissão de Transportes da Alerj, Dionísio Lins (Progressistas), a ausência da direção da empresa comprova o descaso que ela tem com a população.  “Já ficou claro que a aplicação de pesadas multas contra a concessionária não surtiu o efeito esperado, já que de 2000 até 2022 a SuperVia só pagou R$ 5,75 milhões dos R$ 30,3 milhões de um total de 174 multas aplicadas pela Agetransp, ou seja, 19% do total. Precisamos abrir essa caixa-preta, ter ciência real dessa planilha para que a população saiba o que vem ocorrendo, e a intervenção é a única maneira possível “, disse.

A Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminense e a Comissão de Transporte, ambas da Alerj, receberam, na audiência, a minuta do Plano de Contingência elaborado pela Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), vinculada à Secretaria de Estadual de Transportes.

O plano será a alternativa do Estado caso a SuperVia, não consiga seguir com suas operações. A empresa está em recuperação judicial desde 2021 e já declarou não ter fôlego financeiro suficiente para continuar à frente do sistema por mais de dois meses.

O presidente da Central, Fabrício Abílio, empresa que foi responsável pela malha ferroviária antes da concessão, protocolou oficialmente dois planos para lidar com o encerramento do contrato com a empresa atual. Para os primeiros 180 dias de operação, foi apresentado um Plano de Contingenciamento, que tem como objetivo garantir a continuidade dos serviços de transporte e minimizar os impactos para os passageiros. Em seguida, poderá ser implementado o Plano de Estabilização, que tem como exemplo a estrutura de concessão e privatização de outros estados do Brasil. “Para isso, propomos a divisão da operação e da manutenção entre duas empresas”, explicou Fabrício.

Foto: Divulgação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

%d blogueiros gostam disto: