Nomeação de acusado por queda de ciclovia para a RioUrbe gera polêmica

Mais uma nomeação do prefeito Marcelo Crivella provoca polêmica. O Diário Oficial de desta sexta-feira (23) informou que o novo presidente da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe) é o engenheiro Fábio Lessa Rigueira, um dos 14 réus em processo por homicídio culposo, movido pelo Ministério Público estadual, pelo desabamento de trecho da ciclovia Tim Maia, que matou duas pessoas em abril de 2016. Na época da construção, Rigueira era diretor da Geo-Rio, órgão responsável pelo projeto básico e por fiscalizar a obra. As informações são do jornal O Globo. “Essa nomeação é absurda. Um réu numa ação envolvendo duas vítimas está sendo premiado com a presidência de uma empresa da importância da RioUrbe”, reagiu a vereadora Teresa Bergher (PSDB), que move outra ação pedindo a demolição da ciclovia que margeia a Avenida Niemeyer e a devolução aos cofres públicos dos mais de R$ 40 milhões pagos pela obra.

Ainda segundo o jornal, levantamento do gabinete de Teresa Bergher mostra que a dotação para este ano da RioUrbe é de R$ 26,9 milhões. Mas a empresa, com cerca de 400 funcionários, não lida só com seus recursos. Ela desenvolve projetos, licita e acompanha a execução de obras das secretarias, que arcam com os custos. É o caso, por exemplo, da construção de escolas, clínicas da família, dos parques olímpicos de Barra e Deodoro e do Engenhão.

Consultor de estruturas e membro da Associação Brasileira de Pontes e Estruturas, o engenheiro Antônio Eulálio Pedrosa também desaprovou o ato: “Com tantos profissionais competentes, por que nomear alguém com processo em curso? E se ele for condenado?”

Já a prefeitura justifica a nomeação dizendo que Rigueira tem 34 anos de vida pública e vasto conhecimento da cidade, e que o processo que o envolve ainda não transitou em julgado.

Fonte: O Globo

 

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