Obras do VLT mudam trajeto de 13 linhas de ônibus
O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Carioca completa nesta terça-feira (5/6) dois anos de circulação no Centro e Região Portuária do Rio e está em expansão. A linha 3, atualmente em obras, ligará a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont, via Marechal Floriano, com três novas paradas: Duque de Caxias (na Praça Cristiano Otoni), Camerino (próxima à rua de mesmo nome) e Santa Rita (que ficará na última quadra da Avenida Marechal Floriano). Segundo a concessionária, o trecho entra em operação até o fim do ano.
Para realizar a intervenção, a Prefeitura fechou a Avenida Marechal Floriano e a Rua Visconde de Inhaúma, mudando o trajeto e os pontos finais de 13 linhas de ônibus intermunicipais, que ligam os municípios de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, à capital. Cerca de 890 mil passageiros por mês serão afetados com as mudanças.
O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) encaminhou à Prefeitura do Rio um ofício pedindo a revisão das alterações no tráfego, que deslocam os coletivos para as ruas Acre e Camerino. Segundo o Detro, a modificação aumenta o tempo de viagem e os deslocamentos dos passageiros para seus trabalhos. A proposta é a de que todos esses ônibus façam ponto final na Rua Acre.
As linhas que fazem ponto final na Avenida Marechal Floriano são: 770D – Candelária-Itaipu; 771D – Candelária-Pendotiba; 709D – Candelária-Charitas; 730D e 731D – Candelária-Charitas; 545D – Alcântara-Candelária; 727D – Candelária-Monjolos; 726D – Candelária-Santa Luzia; 724D – Candelária-Marambaia; 7721D – Santa Isabel-Candelária.
Na Rua Visconde de Inhaúma, ficam os pontos finais das linhas: 565D e 1926D – Candelária-Venda das Pedras; 566 – Manilha-Candelária; MB17 – Rio Bonito-Candelária.
VLT completa 2 anos
Em dois anos em operação, o VLT Carioca já rodou um milhão de quilômetros e transportou 23 milhões de passageiros. Em um ano, o número de pessoas que utilizam o veículo cresceu de 35 mil para 65 mil, um aumento 85%. Desse total de público, 70% utilizam o sistema para se deslocar até o trabalho, segundo dados do Datafolha.
Com duas linhas e 26 paradas em operação, as de maior movimento são a Central, com integração para trens, metrô e ônibus; Colombo, que se liga a outra linha do VLT; e Cinelândia, que dá acesso ao metrô. Essas estações representam 30% do fluxo de passageiros. A secretária Sônia Maria de Lima, que mora em Ramos, usa diariamente o transporte para ir trabalhar. “Pego o trem até a Central e depois o VLT. O tempo de viagem de casa até a empresa encurtou 20 minutos em relação ao ônibus”, observa Sônia. O auxiliar de clipping Fernando de Souza Silva conta que o deslocamento de Campo Grande, onde mora, até o Centro ficou mais rápido e mais confortável com o veículo. “Uso o trem e o VLT para driblar os congestionamentos”, comenta Fernando.
Foto: Fernando Frazão/ Fotos Públicas