Presidente do Rio Ônibus falta à audiência da CPI dos Transportes

A última sessão da CPI dos Transportes antes do recesso parlamentar foi marcada pela ausência do empresário Claudio Callak, presidente do Rio Ônibus e membro do conselho do RioCard. O empresário avisou na véspera do seu depoimento na Comissão, da Assembleia Legislativa do Estado, nesta terça-feira (26/6), que não poderia comparecer. O ofício enviado pelos advogados de Callak, pedindo uma nova data, só chegou às mãos da Presidência da Comissão nesta segunda-feira. Os advogados argumentaram que não houve tempo hábil para se preparar. Callak foi convocado há uma semana.

O deputado Eliomar Coelho (PSOL), presidente da CPI, considerou que a convocação foi descumprida. O parlamentar disse que fará uma reunião extraordinária para chamar todos os que não compareceram aos depoimentos, alegando diversos motivos ou que ainda não foram convocados. Para não atrapalhar o cronograma, os ofícios serão expedidos ainda em junho, marcando as oitivas para o início de agosto. “Com isso, os convocados terão um mês para se preparar”.

A CPI aproveitou o tempo livre para fazer um informe sobre as últimas diligências realizadas em Santa Teresa e nas obras da Estação Gávea do metrô. O deputado Eliomar Coelho disse que quatro procuradores do Ministério Público de Contas do RJ analisaram o depoimento do secretário estadual de Transportes, Rodrigo Vieira, em que ele negou o superfaturamento das obras da Linha 4, e concluíram que os dados fornecidos por Vieira não são confiáveis. “Por exemplo, o secretário afirmou que o custo do quilômetro do metrô está abaixo da média de outros construídos no mundo. Os procuradores disseram que não há como comparar as características de uma obra com outra”, destaca Eliomar.

O deputado Gilberto Palmares demonstrou preocupação em relação à licitação que escolherá a empresa gestora do transporte aquaviário, marcada para o dia 6 de agosto. “Questionamos aqui vários pontos do processo, como a falta de integração com outros modais, além da multa de R$ 500 milhões que a antiga concessionária, a CCR Barcas, cobra do estado, alegando que teve prejuízo na operação e nada foi feito”, detalha Palmares.

Apesar do recesso, Eliomar afirmou que os trabalhos vão continuar durante o mês de julho, com o cruzamento de informações dos depoimentos com os documentos e relatórios do Ministério Público do Estado e do Tribunal de Contas. Nesta quinta-feira (28/6) será realizada a diligência no Departamento de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, Detro, a última da Comissão.

Além de Eliomar Coelho, estavam presentes o deputado Nivaldo Mulim (PR) e o vice-presidente da CPI, deputado Gilberto Palmares (PT).

Foto: Arquivo Alerj

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