CPI: Presidente do Rio Ônibus falta e ex-diretor da RioTrilhos depõe sobre Metrô
O presidente do Rio Ônibus, sindicato das empresas do setor, Claudio Callak, não compareceu para dar depoimento, pela terceira vez, nesta terça-feira (7/8) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). O presidente da CPI, deputado Eliomar Coelho (PSOL), disse que pediu à Procuradoria da Casa um posicionamento sobre a ausência do empresário. “Vamos cobrar providências da Procuradoria da Alerj”, comentou Eliomar Coelho. O vice-presidente da Comissão, deputado Gilberto Palmares (PT), reforçou que registrará no relatório a conduta de Callak. “Ele foi convocado e se recusou a comparecer. Vamos colocar no relatório que ele cometeu um crime”, destacou Palmares. Na quarta-feira (8/8), a Comissão começará a discutir o relatório final, que será votado no próximo dia 15.
Na sessão dessa terça-feira (7/8), o ex-diretor de engenharia da RioTrilhos, Bento José de Lima, convidado a depor pelo relator Geraldo Pudim, foi questionado por que na época da construção da Linha 4 do metrô não foi realizada licitação. Bento explicou que o contrato de 1998, referente à Linha 1, foi usado porque previa a possibilidade de mudança de traçado. “O orçamento aumentou, mas a alteração era necessária para atender a um número maior de pessoas”, argumentou o engenheiro.
Eliomar Coelho lembrou que, inicialmente, o investimento para a construção da Linha 4, por parte do governo, era de R$ 1,19 bilhão; e das empreiteiras, R$ 1,48 bilhão. “Ao longo do tempo, o governo investiu R$ 9,22 bilhões e os empresários, R$ 1,11 bilhão. Nesse trajeto foi identificada uma propina de R$ 2,3 milhões. A construção da estação Gávea está paralisada, ao custo de R$ 2 milhões por mês para o governo do estado”, criticou o presidente da CPI.
Bento José de Lima foi nomeado diretor de engenharia da RioTrilhos em janeiro de 2007. Ele ocupava o cargo quando foram celebrados os primeiros termos aditivos nos contratos do Metrô Rio, que foram questionados por auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) e o Ministério Público Especial do Estado (MPE-RJ), ligado ao TCE-RJ, investigam o superfaturamento das obras da Linha 4, o sumiço dos contratos das Linhas 1, 2, que sem os quais não é possível calcular o preço das tarifas, e o monopólio das concessões, já que o Metrô Rio opera as linhas 1,2 e 4.
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Bla-bla-blá, quem disse que sem os contratos (aliás como podem ter sumido?) não se pode calcular a tarifa?